sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

RIO SERÁ A SEDE DO MAIOR CONGRESSO MUNDIAL DE JORNALISMO INVESTIGATIVO


O Rio será a sede do maior congresso mundial de jornalismo investigativo, em outubro de 2013. O evento deve trazer para a cidade cerca de 1.200 jornalistas, sendo 400 do exterior.

A Rede Global de Jornalismo Investigativo (www.gijn.org) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (www.abraji.org.br) farão seus congressos ao mesmo tempo.
Sem fins lucrativos, as duas organizações têm como objetivo discutir as boas práticas de reportagem.

A Abraji não tem filiação político-partidária, é financiada pelos seus associados e por doações privadas. Não recebe fundos de governos.

A associação completa uma década de existência neste ano e ajudou a criar em 2003 a Rede Global de Jornalismo Investigativo -uma coalizão de associações de repórteres de vários países.

O Congresso Global de Jornalismo Investigativo é realizado a cada dois anos. Em 2011, foi em Kiev, na Ucrânia. Em 2013, ocorrerá pela primeira vez fora da Europa.

Integrante da direção da Rede Global, a Abraji organizará o evento nos dias 12, 13, 14 e 15 de outubro de 2013, nas dependências da PUC-RJ.

Os congressos da Abraji e da Rede Global têm como objetivo promover a troca de experiências sobre investigações realizadas por repórteres de vários países. Os profissionais relatam como produziram suas melhores histórias e compartilham as técnicas jornalísticas empregadas.

Fonte: Folha de S. Paulo (23/02/2012).

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

INSTITUTO VÊ TENSÃO ENTRE IMPRENSA E GOVERNOS DA AMÉRICA LATINA


Rodrigo Buendia

O peruano Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS) qualificou de "aguda" a tensão entre os monopólios das comunicações com os governos da América Latina, depois que a Corte Nacional de Justiça do Equador ratificou a sentença por "injúria caluniosa" contra o jornal El Universo.

"Esta decisão reflete que a tensão é evidentemente aguda, apesar de por diversos motivos, em países como Venezuela, Equador e Argentina", disse à AFP Ricardo Uceda, secretário-executivo do IPYS, organização que reúne jornalistas locais que atua em Venezuela, Equador, México e Argentina.

"A causa dessa tensão é a base autoritária desses governos, esse seria o denominador comum. Em outros países como Brasil, Paraguai, Uruguai e Peru essa tensão é menor", completou o principal diretor do IPYS.
"Não é a esquerda ou as ideias de esquerda, mas o autoritarismo de cada presidente que impulsiona essa tensão entre imprensa e governo", disse Uceda à AFP.

"No Peru, o governo de Ollanta Humala teve muitas das ideias defendidas por Chávez e Correa. Isso indica que não é a linha política que leva a essa situação. Uruguai e Brasil também são exemplo disso", ressaltou.
"O caso do Equador - completa Uceda - é o mais grave, porque o uso de um poder do Estado - a Justiça - de forma obscena".

Uceda descarta que outros presidentes da região devam imitar Correia e processar a imprensa "incômoda", como sugeriu esta semana o presidente equatoriano.

Por sua vez, o Conselho da Imprensa Peruana, que reúne os proprietários dos meios de comunicação, como a corporação El Comercio e o grupo de rádio RPP, qualificou de "abuso de poder o fato de um presidente processar um jornal".

"Foi um processo cheio de irregularidades e vícios jurídicos. Foi uma ação desmensurada que reflete a animosidade do presidente Correa contra a imprensa", disse à AFP Kela León, secretária-executiva do Conselho da imprensa peruana.

A decisão judicial no Equador indica que os responsáveis pelo jornal El Universo podem ter de cumprir até três anos de prisão e pagar 40 milhões de dólares de indenização.

Fonte: Veja.com e Agência AFP (16/02/2012).

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

SITES NÃO OTIMIZAM PUBLICIDADE, DIZ PESQUISA


NELSON DE SÁ
ARTICULISTA DA FOLHA

O Projeto para Excelência em Jornalismo, do instituto Pew, de Washington, divulgou estudo apontando que as maiores organizações de mídia nos EUA têm "pouco êxito" na transferência de publicidade das plataformas tradicionais para os seus sites.

Afirma que, como a publicidade digital deve ultrapassar as demais em 2016 nos EUA, inclusive TV, segundo projeções da eMarketer e da Forrester Research, o quadro "põe em questão o futuro financeiro do jornalismo".

O relatório dá como principal explicação que "os anúncios nos sites de informação tendem a não se basear no direcionamento aos interesses do usuário, estratégia considerada chave para o futuro do faturamento digital".

Com exceção de três dos 22 pesquisados (Yahoo! News, NYTimes.com e CNN.com), os sites não usam em escala significativa as ferramentas que personalizam os anúncios com base no comportamento do usuário.

"Em contraste", diz o estudo, "a publicidade altamente direcionada já é um componente-chave no modelo de negócios de operações como Google e Facebook."

As três exceções citadas, o agregador de notícias do Yahoo! e os sites do jornal "The New York Times" e do canal de notícias CNN, direcionam mais de metade de sua publicidade. Os anúncios personalizados permitem cobrar mais, sublinha o estudo.

A partir da análise de 5.300 anúncios digitais, o Pew diz que a maioria tem formato "estático", sem maior conteúdo animado e outras alternativas de diferenciação.

Relata que a publicidade está padronizada, repetindo-se ao longo dos sites, sem conseguir reproduzir os anunciantes que as organizações apresentam em suas plataformas tradicionais.

Fonte: Folha de S. Paulo (14/02/2012).

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

FACEBOOK É ELEITO REDE SOCIAL PREFERIDA DOS PROFISSIONAIS DE MARKETING


Site foi escolhido por mais da metade dos executivos em uma pesquisa da Robert Half nos Estados Unidos. Plataforma está na frente do LinkedIn, Google+ e Twitter

Cláudio Martins

O Facebook foi eleito a rede social predileta por mais da metade (56%) dos profissionais norte-americanos de Marketing e Publicidade segundo um levantamento produzido nos Estados Unidos pela Robert Half. Em segundo lugar aparece o LinkedIn, com 21%, e o Google +, com 12%. O Twitter conta com apenas 4% de participação, à frente da categoria outros (2%) e atrás dos que não souberam/não opinaram (5%).

O estudo também apontou os principais erros cometidos pelos profissionais nas redes sociais. Em primeiro lugar, com 29%, está não atualizar com frequência o conteúdo das páginas, seguido por oferecer informação excessiva (24%), inclusão de informações inapropriadas (18%) e pouca oferta de conteúdo (16%). A pesquisa teve a participação de 500 executivos do país, sendo 375 profissionais de Marketing e 125 de Publicidade.

Fonte: Mundo do Marketing (07/02/2012).

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

REDES SOCIAIS AJUDAM A CRIAR PRODUTOS


Empresas usam interação com internautas no Facebook e no Twitter como ferramenta de inovação e desenvolvimento

Transformar em novos serviços ideias que surgem on-line é como uma garimpagem, afirma especialista

MARY PERSIA
EDITORA DE MÍDIAS SOCIAIS

Depois da publicidade e do SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), empresas investem em uma nova frente nas redes sociais: a inovação.

Pepsico, Whirlpool, Tecnisa e Bradesco, entre outras, monitoram Twitter e Facebook para alimentar suas áreas de criação e de desenvolvimento de produtos.

Dessa prática já saíram edifícios com uso compartilhado de bicicletas, sabores de salgadinho e novidades nos serviços bancários.

O trabalho de coleta é como uma garimpagem. "Tudo é visto com cuidado. No geral, o consumidor quer mais do mesmo, porém mais barato", afirmou Cris Monteiro, gerente de marketing da Pepsico do Brasil, durante a Social Media Week, evento que se realiza nesta semana no MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo.

Na construtora Tecnisa, esse processo de validação das ideias é acompanhado desde o início por um gestor. "É um profissional capaz de entender se aquilo faz sentido dentro da filosofia de negócios da empresa", diz Paulo Schiavon, gerente de mídia on-line da empresa.

As duas companhias têm experiências bem-sucedidas nas redes sociais. A Pepsico obteve 2 milhões de sugestões com a promoção "Faça-me um sabor", para a batata frita Ruffles. "Recebemos também muitas informações sobre o que fazer com a marca", diz Monteiro.

BICICLETAS NO PRÉDIO

A Tecnisa vendeu um apartamento pelo Twitter, em 2009, e mantém as redes como uma de oito fontes de "inputs" para inovação.

Das plataformas on-line já extraiu mais de 1.100 sugestões -30 estão em desenvolvimento (como um projeto de garagem decorada) e, recentemente, lançou dois empreendimentos com "bike sharing", sistema de uso compartilhado de bicicletas.

O Bradesco criou uma nova forma de reestabelecer senhas de cartões. No banco, o volume de menções a um tema é monitorado para detectar tendências.

"Temos uma média de 1,1 milhão de interações por dia no call center [que inclui as redes sociais]", diz Luca Cavalcanti, diretor de canais digitais do Bradesco.

"Realizamos diversos estudos e pesquisas, inclusive com a participação dos internautas que enviam sugestões", afirma Daniela Cianciaruso, gerente-geral de marketing da Whirlpool Latin America.

Para o consultor Luiz Algarra, o imediatismo das redes desafia o planejamento das empresas.

No ano passado a Kraft Foods retomou a produção da bala Hall's sabor uva verde, após pedidos de internautas sem que isso estivesse programado.

"Não há uma fórmula para lidar com redes sociais", diz Natacha Volpini, gerente de mídia digital da empresa. "Estão todos aprendendo."

Fonte: Folha de S. Paulo (15/02/2012).

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

MUDANÇAS NOS ITINERÁRIOS DE ÔNIBUS PREOCUPAM USUÁRIOS DA LINHA AMARELA


Mudanças na linha de ônibus podem causar superlotação na Linha Amarela do Metrô.

Por LINK Portal

A Linha 4 - Amarela do Metrô proporcionou economia de tempo aos usuários, mas o desvio de itinerários dos ônibus que trafegam pela região de Pinheiros, na zona Oeste da Capital, já ocasiona a superlotação do sistema.

A mudança que a SPTrans realizou em algumas linhas do transporte público no final no início do ano está causando polêmica entre passageiros do Metrô e dos ônibus que circulam pela região de Pinheiros. Ao todo, foram alterados 17 itinerários de coletivos de que trafegam na zona Oeste de São Paulo. Foram extintas diversas linhas que antes seguiam para o terminal Bandeira ou ao Metrô Anhangabaú, no centro da cidade. Com a falta desse tipo de transporte, a maioria dos usuários migrou para a Linha Amarela, causando superlotação em várias estações nos horários de pico.

Márcia Brandão mora na zona Leste da cidade e trabalha na consultoria de comunicação LINK Portal, localizada em Pinheiros. Ela informa que a Linha 4 - Amarela ajudou a diminuir o tempo nas conduções. "Com o novo Metrô, economizo pelo menos 1 hora no trajeto ao trabalho. Antes, quando dependia dos ônibus que pegava próximo da estação Anhangabaú, eu levava até uma hora em dias chuvosos para chegar em Pinheiros. Minha alegria, porém durou pouco, pois hoje sofro com a superlotação!", exclama.

Apesar de enxergar muitos aspectos positivos com a operação do Metrô na região, Márcia mostra preocupação com a mudança das rotas de ônibus pela SPTrans. Ela diz que, ao ir para casa, algumas vezes, o Metrô apresenta problemas técnicos que inviabilizam o funcionamento eficiente do transporte. Problemas elétricos, por exemplo, tem acontecido com mais frequência nessa linha e levam tempo para serem solucionados. "Se não consigo utilizar o Metrô para retornar para casa, tenho que pegar um ônibus até o Anhangabaú. Se com as linhas de ônibus antigas já havia demora e superlotação, imagine agora com a diminuição das linhas?", indaga Márcia.

Outra profissional da LINK Portal da Comunicação - Elaine Pereira – também mora do outro lado da cidade, em São Miguel Paulista, na zona Leste e usufrui da Linha Amarela do Metrô. "Com menos ônibus para transportar cidadãos ao centro da cidade, presumo que mais pessoas utilizem o Metrô para fazer a viagem, por isso a nova linha já está saturada", garante. Para Elaine a situação é muito preocupante porque, segundo ela, "a linha que já é cheia nos horários de pico, sem a complementação do transporte, por via terrestre, está ainda mais lotada", reclama.

Mais desgastante é a situação de Bruna Flores, estagiária na mesma empresa. Ela sai todos os dias de São Bernardo do Campo, na Grande SP. Usa a Linha Verde do Metrô e faz transbordo para a Linha Amarela no ramal Paulista, mais precisamente na estação Consolação. "As pessoas parecem robôs enfileirados na pista rolante no acesso entre as duas conexões. Há pouco espaço para tanta gente junta. Agora sei precisamente o significado da frase 'sardinha em lata'. Ainda não me acostumei. Já chego ao trabalho cansada", revela.

Além delas, outra reclamante é Clarice Pereira, usuária do transporte intermunicipal. Todas as vezes que visita a mãe, na cidade de Osasco (SP), ela, que é moradora do bairro de Pinheiros, precisa trocar de coletivos, quatro vezes para chegar ao destino.

"Antes eu pegava um intermunicipal atrás da igreja do Largo de Pinheiros e descia na porta da casa de minha mãe, em trinta e cinco minutos. Só que agora, esse ônibus para na estação Butantã do Metrô, muito longe para ir a pé. Então tenho que pegar o Metrô na Faria Lima, andar duas estações para embarcar no ponto final do coletivo intermunicipal. Mas como ele circula apenas de hora em hora, é menos ruim descer uma estação antes, em Pinheiros, e lá fazer o transbordo para a CPTM até Osasco. Nessa estação tenho que pegar outro trem até a estação Comandante Sampaio, no ramal que vai para Itapevi, e depois ainda pegar um ônibus municipal até o bairro de minha mãe", enumera Clarice.

Ela reclama que não apenas as múltiplas integrações são cansativas, como também duplicou o tempo de viagem e o valor das passagens. "Hoje levo mais de uma hora no trajeto e ainda sou obrigada a gastar R$ 5,90 por percurso. Com o intermunicipal eu pagava apenas R$ 3,50 a passagem".

Entre tantas reclamações, também há aqueles que se sentem beneficiados pela facilidade de integração da linha Amarela do Metrô com os trens da CPTM. Uma delas é Ágatha Barbosa. Ela mora na zona Sul de São Paulo. Antes da opção pelo Metrô, ela levava duas horas e meia para chegar ao trabalho. Com as novas estações integradas, Ágatha economiza uma hora no percurso. "Não preciso ficar esperando ônibus na avenida Faria Lima e como ando apenas uma estação, da Faria Lima até Pinheiros, para pegar o trem não pego transporte tão lotado". Para ela, a integração do transporte poupa tempo, estresse e sufoco.


Foto: Divulgação.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

JORNALISTA APAIXONADO POR TEATRO


IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO

Filho de um dos dramaturgos mais conhecidos do país, Manoel Carlos Júnior, primogênito do autor de "Mulheres Apaixonadas", conciliou arte e jornalismo em sua vida.

Descrito por amigos e colegas de trabalho como um apaixonado por teatro, fez de sua empresa, Quatro Elementos Comunicação & Marketing Cultural, referência na assessoria de imprensa de espetáculos em São Paulo.

O ator e comediante Marcelo Médici, 40, em cartaz com "Eu Era Tudo para Ela e Ela Me Deixou", lembra de Maneco, como era conhecido, como um "homem de teatro inteligentíssimo."

"Fernanda Montenegro me contou que lembrava dele pequeno, brincando na casa do pai", disse. "Ele ficou muito emocionado quando soube disso. Ele tinha senso de humor e inteligência, algo raro de se encontrar juntos."

Outra amiga, a jornalista e ex-colega de trabalho Paula Anselmo, referia-se a Maneco como "Garoto de Ipanema, porque estava sempre caminhando de camiseta e moletom, esbanjando saúde."

Atualmente, além de Médici, Maneco cuidava da assessoria da peça "Adultério", com Fábio Assunção no elenco. A apresentação de ontem foi cancelada em homenagem ao jornalista.

Aos 59, teve um ataque cardíaco em casa. Chegou a ser atendido por paramédicos e levado para o Hospital Samaritano, mas não resistiu. Seu corpo foi enterrado ontem, no Cemitério São Paulo.

Maneco é o segundo filho que Manoel Carlos perde. Em 1988, Ricardo, 33, morreu de Aids. Maneco deixa mulher e três filhos, sendo dois deles do primeiro casamento.

Fonte: Folha de S. Paulo (13/02/2012).

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

JORNALISTA É MORTO A TIROS NO INTERIOR DO RIO DE JANEIRO

Editor do site 'Vassouras na Net' já tinha sido vítima de outro atentado em 2011


DO RIO


A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu inquérito sobre o assassinato do jornalista Mário Randolfo Marques Lopes e de sua namorada, Maria Aparecida Guimarães.


Os dois foram encontrados mortos a tiros na BR-393, em Barra do Piraí (RJ), no início da madrugada de ontem.


Editor do site "Vassouras na Net", Lopes já tinha sido vítima de uma tentativa de homicídio no ano passado.


Ele foi atingido por cinco disparos dentro de seu escritório, que na época ficava na cidade de Vassouras, nas proximidades de Barra do Piraí. A investigação sobre o caso ainda não foi concluída.


Após o atentado de 2011, o jornalista deixou a cidade, mas continuou a publicar reportagens com acusações contra autoridades locais -costumava dizer que seu site era "nitroglicerina pura".


"Ele criou um volume de inimigos tão grande que fica até difícil saber por onde começar", disse o delegado José Mário Salomão de Omena, da 88ª DP (Barra do Piraí).


A polícia já fez perícia no local onde os corpos foram encontrados e na casa do jornalista. Computadores foram apreendidos para análise.


Hoje o delegado pretende ir a Vassouras para consultar o inquérito sobre a tentativa de homicídio de 2011.


Ontem o site do jornalista exibia um longo artigo, publicado em dezembro, em que ele criticava a atuação do Judiciário e denunciava um suposto esquema de venda de sentenças em Vassouras.


No texto, ele acusa um delegado, um juiz, um defensor e o Ministério Público de participação no esquema -mas sem apresentar provas.


O artigo também aponta a contratação de funcionários fantasmas pela prefeitura.


O presidente da ABI, Maurício Azêdo, lamentou as mortes: "A ABI vê com muita tristeza e indignação mais uma violência, dessa vez fatal, conta um jornalista profissional e espera que as autoridades investiguem o caso a fundo, porque a manutenção da impunidade será um estímulo à prática de novos crimes contra jornalistas".


Fonte: Folha de S. Paulo (10/02/2012).

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A CHEFE DO TUMBLR NO BRASIL

Gina Gotthilf, que comandará o Tumblr no País.
Gina Gotthilf, de 25 anos, vai comandar a expansão do Tumblr no País e o escritório que deve ser inaugurado até o fim do ano


Murilo Roncolato

SÃO PAULO – Gina Gotthilf é uma brasileira de 25 anos que queria conhecer o mundo. Realizou parte do sonho ao estudar nos Estados Unidos, passando por Boston e Nova York. Quando se preparava para fazer uma viagem a outros países, a paulistana teve os planos frustrados por um telefonema. Do outro lado da linha estavam os executivos do Tumblr, a plataforma digital de publicação de conteúdo que invadiu o mundo e tem seu segundo maior público no Brasil.

Gina Gotthilf é a escolhida pela empresa norte-americana para apresentar o Tumblr aos brasileiros. A mais nova executiva terá por objetivo fazer aliados no mercado nacional, gerenciar o escritório a ser montado entre o fim deste ano e o início de 2013, contratar mais pessoas e entender de que maneira se usa o Tumblr por aqui.

Segundo Gotthilf, o menu digital do brasileiro inclui imagem e humor, mas ressalta que a utilização da plataforma pelos brasileiros é diferente dos americanos. O que separa é o tempo de permanência.  “Aqui é muito acesso, mas o usuário abre uma imagem, ri, fecha a página e não há interação”, diz. “Agora a gente quer mostrar os benefícios de usar o Tumblr como uma comunidade.”

O Brasil é o primeiro país a receber tanta atenção por parte dos executivos da startup que ainda não tem fórmula para gerar receita, mas já  recebeu investimentos de US$ 125 milhões. O site tem valor de mercado estimado em US$ 800 milhões. “Eles estão pulando de cabeça, querem entender mesmo o usuário. Como idioma (além do inglês) tem só no alemão, vai ter o português e é possível até uma mudança de interface por conta disso”, revelou a brasileira.

A executiva explica que o Tumblr não está atrás de meios de gerar receita imediatamente, citando o Facebook, que também começou sem uma forma específica de faturar. A fórmula inicial é “ajudar outras empresas a ganhar dinheiro por meio do Tumblr” e, assim, crescer com a injeção de recursos por investidores. “Não vamos botar banners com anúncios nas páginas porque seria intrusivo. O Tumblr estuda formas mais orgânicas de gerar receita, mas não é a principal preocupação”, garante.

Quem é. Gina nasceu em São Paulo e mora com família no bairro Perdizes. Aos 18 anos foi cursar Filosofia e Neurociência na Brandeis University, em Boston. “Sou muito interessada no comportamento humano. Juntei filosofia com neurociência, que dá uma abordagem mais molecular do assunto, e gostei”, explica.

Ela chegou a trabalhar por um ano em laboratório, mas graças ao seu lado “geek”, como ela brinca, passou a trabalhar em agências de mídia gerenciando a parte de mídias sociais. Foi quando encontrou Mark Coatney, ex-editor da Newsweek e atual diretor de mídia do Tumblr.

A “geek”, que se apresentou ontem em um palco na Campus Party, escreve ocasionalmente no Mashable, um dos blogs mais conhecidos de tecnologia, e teria iniciado seu tour pelo mundo hoje pela manhã. “Estava de malas prontas. Ia viajar hoje, queria morar uns meses na China e aprender mandarim”, conta. Sabendo disso, os executivos do Tumblr propuseram unir as duas coisas e já a escalaram para fazer parte do time que irá percorrer países onde o Tumblr pretende ter mais presença, como os da América Latina, Indonésia, Austrália, Japão, Turquia e Espanha.

Programação. A Campus Party terá como destaques nesta quinta-feira, 9, as palestras do diretor da Wikimedia Foundation, Kul Wadhwa, responsável pela Wikipedia, que deve comentar às 13h sobre as leis que podem afetar a internet como Stop Online Piracy Act (Sopa), Protect IP Act (Pipa) e o  Acordo Comercial Antifalsificação (Acta).

Às 16h, Sebastian Klockr, um chileno de 14 anos que criou um aplicativo que monitora terremotos e gera alertas discutirá com brasileiros sobre tecnologias interativas. No fim da tarde, às 19h, o escritor inglês Alex Bellos, autor do livro Alex no País dos Números, falará no Palco Principal ao lado de Ricardo Oliveira, jovem do Ceará vencedor da Olimpíada Brasileira de Matemática.

Fonte: O Estado de S. Paulo (08/02/2012). Foto: Divulgação.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

GOVERNO PROCESSA TWITTER POR ALERTAS SOBRE BLITZ DE LEI SECA


Ação na Justiça Federal de Goiás pede remoção de contas que avisem sobre fiscalização no Estado


AGU argumenta que operações policiais reduzem acidentes; pedido de liminar ainda não havia sido julgado


RENATO MACHADO
DE BRASÍLIA

A AGU (Advocacia-Geral da União) entrou com uma ação civil pública para que o Twitter remova contas que alertam os motoristas sobre blitze da lei seca em Goiás.

A ação foi ajuizada na Justiça Federal de Goiás contra a Twitter Inc. -dona do microblog- e os titulares das contas que indicam horários e locais em que as autoridades de trânsito fazem as operações.

A ação vale apenas para aquele Estado.

A Procuradoria da União de Goiás, autora da ação, pediu por meio de liminar que o Twitter suspenda imediatamente as contas, inclusive as que alertam sobre radares e outras ações policiais.

A Procuradoria detectou três contas, mas a ação pode abranger outras. Uma delas já foi retirada do ar, disse a AGU.

A ação solicita multa diária de R$ 500 por descumprimento, caso a liminar seja aceita -até o início da tarde, ela ainda não tinha sido julgada.

O advogado da União em Goiás, Luís Fernando Teixeira Canedo, afirmou que não deve haver problemas para que a empresa cumpra uma eventual decisão, mesmo sendo sediada fora do país.

Ele afirma que a AGU busca possíveis escritórios de representação do Twitter no Brasil, embora por enquanto não tenha conseguido. "O próprio portal informa um endereço eletrônico para receber as demandas das polícias de todo o mundo e da Justiça."

O argumento da AGU é que a fiscalização tem papel importante na redução de acidentes e no combate a outros crimes. O órgão afirma que a conduta do Twitter e dos proprietários das contas agride a vida, a segurança e o patrimônio das pessoas.

A advocacia diz que a ação teve como base estudos -da Polícia Rodoviária Federal e do Denatran, por exemplo- que mostram que o custo de acidentes nas rodovias federais e estaduais é de R$ 24,6 bilhões ao ano (dados de 2004 e 2005).

A Folha não conseguiu contato com a Twitter Inc.


Aplicativo para celular revela local de operações

VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

Em São Paulo, um perfil no Twitter, que tem até aplicativo para baixar no celular, avisa onde estão as blitze da cidade.

Para infringir a lei, basta acessar o perfil @LeiSecaSP, seguido por 43 mil pessoas (muitas são colaboradoras), para saber de praticamente todas as blitze em curso.

Ontem de madrugada, tuitava-se: "RT @OgroGordo : @LeiSecaSP, blitz violenta embaixo do Minhocão sentido Villa Country [casa noturna da Barra Funda, zona oeste]".

Depois de a AGU anunciar que pode tirar do ar perfis como o @LeiSecaSP, os tuítes passaram a protestar contra "censura". Pediam, também, táxis mais baratos à noite e metrô 24 horas.

A Folha conversou ontem, pelo Twitter, com um seguidor e colaborador do @LeiSecaSP, Maurício Andrade (@contatodomau), 23.

Ele diz que tuíta quando vê uma blitz. "Com ou sem o Twitter as pessoas vão beber, não podemos ser paternalistas e decidir pelas pessoas", disse.


Fonte: Folha de S. Paulo (08/02/2012).


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

PUBLICIDADE NA INTERNET BRASILEIRA DEVE BATER JORNAIS E REVISTAS ATÉ 2015, DIZ CONSULTORIA


A publicidade na internet brasileira deve superar os gastos com anúncios em jornais e revistas até 2015, seguindo fenômeno já observado nas economias mais desenvolvidas, segundo a Wark International Ad Forecast, serviço que analisa o segmento,

Pesquisa divulgada nesta semana mostra que os mercados emergentes vão garantir o crescimento da publicidade em 2012. Entre os 13 países pesquisados pela Wark, o Brasil deverá apresentar o quarto maior avanço, 8,5%, atrás de Rússia (16,5%), Índia (14%) e China (11,5%).

No ano passado, o setor de publicidade brasileiro ocupou a mesma posição, com avanço de 7,1%, em um período marcado por decréscimos em algumas das principais economias.

De acordo com o estudo, a internet puxa o crescimento dos anúncios globalmente, com variação positiva nos países pesquisados de 12,6%, seguida por TV (5,3%), Outdoors (5,1%), Cinema (3,8%) e Rádio (2,9%).

Já revistas e jornais deverão apresentar queda em 2012, de 1,2% e 2%, respectivamente, prevê a Wark. No caso do Brasil, o aumento da publicidade online deverá ser de 23,8%, informa a pesquisa. Já jornais e revistas devem avançar 3,6% e 6%, respectivamente.

"E importante lembrar que, embora tenha apenas 6% dos gastos em publicidade no Brasil, a internet cresce muito rápido, de 20% a 50% todo ano desde que iniciamos a pesquisa. Todas as outras mídias estão perdendo participação para o online, principalmente impressos e rádio, embora a TV ainda seja dominante. Imagino que a internet passará os jornais e será a segunda maior mídia em publicidade até 2015", avalia Suzy Young, editora de Informação da Wark.

Sem surpresa 

Embora os gastos com publicidade online nos países pesquisados devam crescer menos em 2012 do que em 2011, quando o aumento foi de 16,6%, o segmento deverá responder por 20% do total investido em anúncios até o fim do ano, informa a Wark.

Entre as chamadas economias desenvolvidas, Alemanha (-0,8%), França (-0,9%) e Itália (-2,3%) apresentarão em 2012 o pior desempenho de sua história na comparação com o ano anterior.

"Com os receios sobre dívida afetando mercados mais maduros e o otimismo de investidores e consumidores, não é surpresa que o crescimento do setor em 2012 venha dos países emergentes", avalia Young. Ela lembra que as eleições nos Estados Unidos e eventos esportivos como os Jogos Olímpicos evitaram cenário ainda pior.

Young observa ainda que, embora afetado pela recessão na Europa, o Brasil manteve o crescimento da publicidade, o que ocorre há dez anos.

Os gastos no setor no país terão passado de R$ 11 bilhões, em 2003, para R$ 30,1 bi, em 2012, já descontado o impacto da inflação nestes números.

"O investimento estrangeiro na indústria brasileira de comunicação tem impulsionado o crescimento de gastos em publicidade. E vai continuar", prevê.

A participação do Brasil no total aplicado nos 13 países examinados também vem aumentando: de 3,1%, em 2003, para estimados 4,5%, em 2012.

Os Estados Unidos, cuja fatia passou de 50,4% para 41,6% nos últimos dez anos, vem perdendo espaço para emergentes.

Já a participação da China terá passado de 6,5%, em 2003, para 12,2% em 2012, segundo as séries históricas da Wark.

Fonte: BBC Brasil (07/02/2012).

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

MISTURA DE TWITTER E BLOG, TUMBLR COMEÇA A SE APROXIMAR DO BRASIL


Diretores da rede vêm ao país e planejam abrir escritório aqui ainda neste primeiro semestre

Usuários brasileiros são 12% dos blogs criados no Tumblr; apenas americanos são mais numerosos no serviço

ALEXANDRE ORRICO
DE SÃO PAULO

Descontraídos e diretos como a rede social em que trabalham, Josh Nguyen e Mark Coatney, duas das cabeças principais do Tumblr, visitaram o Brasil na semana passada com a intenção de dar mais atenção ao país.

De todas as visitas a páginas no Tumblr, 2 bilhões têm origem no país. Os brasileiros representam ainda 12% do total de usuários do serviço -número somente menor do que o dos EUA, que têm 40%.

Os internautas nacionais começaram a entrar no radar da empresa no fim de 2010, quando um grande número de acessos do Brasil travou os servidores do Tumblr, rede em que usuários postam textos, vídeos e fotos, de forma simples, com recursos similares aos de blogs e do Twitter.

"Estamos aqui para entender como o Tumblr funciona no Brasil. Nos EUA o uso profissional em geral é muito grande. Marcas também usam muito a plataforma. Já aqui, parece que o foco é o humor", comenta Coatney, que saiu da revista "Newsweek" para trabalhar no Tumblr. "Pretendemos voltar mais vezes nos próximos meses, com mais pessoas."

Os executivos passaram por São Paulo para encontrar alguém que represente a marca -muitos dos candidatos foram garimpados na rede corporativa LinkedIn pelos próprios Coatney e Nguyen.

Os diretores querem abrir um escritório aqui ainda no primeiro semestre, o primeiro fora dos EUA, e planejam uma tradução integral da plataforma para o português.

"O Brasil é onde tudo está acontecendo, é o início de um grande protagonismo tecnológico", diz Nguyen.

Na conversa com a Folha, os diretores se mostraram curiosos e fizeram várias perguntas ao repórter: "Você tem Tumblr? Você gosta, que função você mais usa? O Instagram é popular por aqui? Você sabe se os brasileiros usam muito o Foursquare?".

Apesar de ser o segundo país em número de usuários, o Brasil ocupa a primeira posição quando o assunto é tempo gasto na rede social. O brasileiro gasta, em média, 30 minutos por visita ao Tumblr, segundo os executivos.

No mundo, o serviço atingiu no mês passado a marca de 15 bilhões de visitas a páginas por mês e cerca de 120 milhões de visitantes únicos.

No início do ano passado eram 2 bilhões de visitas, o que significa um aumento de 750% em um ano.

O crescimento acelerado resultou em algumas rodadas de investimento na empresa, que hoje está avaliada em US$ 800 milhões.

"Temos dinheiro suficiente por enquanto, não pretendemos abrir o capital como fez o Facebook. Além disso, ainda somos pequenos para pensar nisso", diz Coatney.

REMIX, PIPA E SOPA

Os diretores revelaram que ainda não têm grandes problemas com direitos autorais nos tumblelogs, mas Coatney crê que isso é só uma questão de tempo. A comunidade Tumblr, seja nos EUA ou no Brasil, tem como forte característica a cultura do remix.

No mês passado, cerca de 650 mil tumblelogs ficaram fora do ar em protesto contra o Sopa e o Pipa, projetos de lei norte-americanos que, se aprovados, poderiam resultar em bloqueio de grande parte dos tumblelogs.

Após os protestos dos tumblelogs e de outros sites, como Wikipédia e Reddit, as votações foram suspensas.

Mais de 140 mil ligações foram feitas ao Congresso do país por pessoas que mantêm tumblelogs. "Foi uma boa demonstração de nosso poder de mobilização", diz Coatney. "Eu acredito que, quando você remixa algo, cria algo totalmente novo!", completa.

Fonte: Folha de S. Paulo (06/01/2012).

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

VALOR DO FACEBOOK NA BOLSA PODE CHEGAR A US$ 100 BI


Em esperada entrada no mercado de ações, gigante das redes sociais ainda precisa demonstrar usuário 'rentável'

No registro oficial da oferta, empresa reconhece que ritmo de crescimento deve perder força no futuro

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK

O lançamento de ações do Facebook, o mais aguardado no setor de tecnologia desde a operação do Google, em 2004, pode elevar a US$ 100 bilhões (R$ 172 bilhões) o valor da empresa, segundo as altas expectativas que o mercado mantém em relação à oferta pública acionária.

"É inteiramente plausível que o Facebook alcance US$ 100 bilhões ou mais. O Facebook e outras mídias sociais são muito populares", analisa Laura DiDio, da consultoria Itic.

Caso a cifra seja alcançada, o Facebook seria maior que gigantes como a Ford.

Mesmo com tanto otimismo, a rede social parece consciente dos desafios pela frente. A empresa fala em levantar US$ 5 bilhões com o ingresso na Bolsa e é cautelosa em relação à possibilidade de repetir o resultado de 2011. A volatilidade atual do mercado acionário é desafio.

Os números, que se tornaram públicos com o registro da operação, confirmaram que a maioria das receitas vem dos anúncios, com 85% do faturamento. A participação nas vendas de bens virtuais para jogos é outra fonte importante.

Os resultados em 2011 animaram os analistas, embora haja pontos de controvérsia. As receitas atingiram US$ 3,7 bilhões, avanço de 88% em relação à 2010, mas abaixo dos US$ 4,5 bilhões que o mercado estimava. Com 845 milhões de usuários, a rede quer chegar a 1 bilhão até o meio do ano.

DiDio ressalva que agora a principal dúvida é se a empresa tem condições de se tornar rentável. Ela afirma que cada usuário gera US$ 4,39 de receita. Segundo o "Financial Times", no Google, o valor chega a US$ 27.

O Facebook reconhece no comunicado que os saltos na receita e no número de usuários devem se desacelerar.

Fonte: Folha de S. Paulo (03/02/2012).

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

MARKETING PODE GANHAR COM O FIM DAS SACOLINHAS PLÁSTICAS


Alternativa às sacolinhas é desafio para companhias.


CLÁUDIO MARTINS

Marcas devem aproveitar o momento para se aproximar dos consumidores e mudar a imagem de poluidoras do meio ambiente

A substituição das sacolas de petróleo nos supermercados de São Paulo por suas concorrentes biodegradáveis vendidas a preço de custo, no último dia 25, tem gerado expectativas não apenas entre os consumidores, mas também entre os varejistas, que podem estar se perguntando como podem obter vantagens nesse processo e evitar a insatisfação do cliente.

Um dos principais desafios para os as empresas será educar o consumidor e apresentar as vantagens em adotar este novo comportamento em prol do meio ambiente, da maneira mais clara possível.

A maior pergunta que se deve levantar neste momento é como as marcas podem tirar proveito das mudanças. Entre as oportunidades proporcionadas às companhias, principalmente aos supermercadistas, está a chance de deixarem de ser vistas como vilãs do meio ambiente com a distribuição desenfreada de sacolas plásticas e aprofundar o relacionamento com o consumidor.

“A partir de agora, ao adotar estas novas medidas, os varejistas vão poder livrar as suas empresas da imagem do ‘lixo assinado’, as próprias sacolas que estampavam as marcas de supermercados e entupiam bueiros, além de poluirem as cidades”, declara Antonio Gandra, vice-presidente da Associação de Supermercados Paulista (APAS).

Consumidores estão dispostos a mudar

A Apas é uma das organizações que, junto com a Prefeitura, a Secretaria do Meio Ambiente, o Governo do Estado de São Paulo e o Procon, firmou o acordo de substituição das sacolas nos supermercados, baseado no projeto de lei 496/2007. Para incentivar os consumidores a mudarem o hábito e levarem sacolas retornáveis ou adquirirem a versão biodegradável por R$ 0,19, a associação criou a plataforma “Vamos tirar o planeta do sufoco”. Entre as iniciativas da campanha estão mensagens de conscientização em outdoors, busdoor e até sacolas gigantescas em pontos de grande movimentação da capital paulista.

Nos supermercados estão sendo exibidos, em cada ponto de check-out, cartazes com os dizeres “Poupe Recursos Naturias! Use Sacolas Reutilizáveis”. A iniciativa conta ainda com um site e pretende tirar de circulação 6,6 bilhões de sacolas plásticas por ano. A empreitada tem o apoio de empresas como Walmart, Carrefour e Pão de Açúcar, que incorporaram em suas lojas as mudanças sugeridas pela Apas.

Mesmo antes de o projeto valer para todo o estado de São Paulo, cidades como Belo Horizonte, em Minas Gerais, e Jundiaí, no interior de São Paulo, já tinham colocado em prática a substituição, há um ano. “O que se podia notar é que os consumidores estavam cansados da poluição e dos estragos causados pelos sacos plásticos, descartados indiscriminadamente. Em Jundiaí, a população se mostrava disposta à mudança e, após um ano do projeto instalado, a aprovação chegou a 80% sendo relatada também a economia nos cofres públicos com a limpeza da cidade”, relata o vice-presidente da Apas.

Incentivo nos pontos de venda

O Pão de Açúcar é uma das empresas que apoia a iniciativa da Apas. Antes mesmo do projeto entrar em vigor, a rede varejista já mantinha ações sustentáveis em seus pontos de venda, incluindo o incentivo ao abandono das sacolinhas plásticas. As chamadas “lojas verdes” do grupo em São Paulo oferecem como alternativa 13 sacolas retornáveis com preços que vão de R$ 2,99 a modelos mais resistentes, custando R$ 13,90, além de caixas de papelão.

Os pontos de venda sustentáveis da rede contam ainda com estações de reciclagem em parceria com a PepsiCo e a Unilever. No local, os consumidores podem deixar embalagens que serão levadas pela empresa para serem reaproveitadas. De 2001, quando o projeto foi criado, até 2010, foram reaproveitadas cerca de 50 mil toneladas de material.

O Extra também conta com ações para educar os clientes a respeito do uso desenfreado das sacolas plásticas. Desde 2008, os supermercados da bandeira em São Paulo realizam a Quinta-Feira sem Sacola, eliminando no dia, o uso das sacolinhas.

O Walmart também incentiva a redução do uso das sacolas, dando desconto de R$ 0,03, a cada cinco produtos comprados, para os consumidores que trouxerem suas próprias sacolas. O projeto foi iniciado em 2008 e já gerou uma economia de R$ 2,2 milhões para os clientes da rede de varejo.

Outra empresa que passou a adotar medidas sustentáveis em suas promoções foi a Procter & Gamble. A companhia criou a ação “Volte Sempre”, em parceria com a rede Carrefour, e, na compra de produtos da marca, os clientes concorrem a nove prêmios de R$ 10 mil em barras de ouro. O diferencial da promoção é que os consumidores receberão gratuitamente sacolas de papel para levar os itens da P&G adquiridos.

Diálogo para convencer o consumidor

Os colaboradores são parte importante da estratégia para educar o público a respeito da substituição das sacolas. Apesar de 60% dos brasileiros serem favoráveis à medida, segundo um estudo do Ministério do Meio Ambiente, é preciso se preocupar com os outros 40%. “O trabalho com os profissionais na área de check-out deve ser intensificado para que eles tenham conhecimento suficiente para argumentar juntos aos consumidores que podem não gostar de ter de pagar por algo que antes era falsamente gratuito, pois o custo das sacolas estava incorporado aos preços dos supermercados”, explica Gandra.

Outro ponto que deve ser levado em conta é que, segundo o mesmo estudo do Ministério do Meio Ambiente, 21% dos brasileiros não saberiam como acondicionar o lixo em suas residências sem as sacolas plásticas.

“Antigamente havia um desperdício, pois muitos consumidores não exploravam a capacidade total dos sacos plásticos, gerando um grande volume de descarte indevido. Como o brasileiro vai passar a gastar dinheiro com esse material, esse uso será mais racionalizado e a expectativa é uma redução nos próximos anos”, afirma o vice-presidente da Apas, que reitera “Esse é o primeiro passo, pois a partir de 2014, quando entrará em vigor um projeto de lei sobre o descarte de resíduos sólidos, as empresas terão que se preparar para se responsabilizarem pelo devido fim de produtos como sofás, móveis e eletrodomésticos, quando os consumidores adquirirem novos itens para suas casas”.

Fonte: Revista Exame (02/02/2012). Foto: Cristiano Mariz/Exame.com .

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CRESCE NA INTERNET O BRANDING COMMERCE, NOVO CONCEITO DE MARKETING DIGITAL


Crescem assuntos sobre negócios virtuais na imprensa.

Por LINK Portal


Com o comércio eletrônico em crescimento no Brasil, é natural que assuntos relacionados ao setor estejam mais presentes na mídia. A LINK Portal da Comunicação acaba de conquistar a conta Labiz Group, por isso vai facilitar o acesso de especialistas em negócios virtuais como fonte de informações à mídia nacional.

De acordo com levantamento da Forrester Research, em 2011, o varejo eletrônico no Brasil apresentou um crescimento de 21% em relação a 2010, totalizando R$ 21,5 bilhões. Já a publicidade na Internet, segundo dados do Ibope, aumentou sua receita bruta em 71% no ano passado e gerou quase R$ 5,4 bilhões no mesmo período.

Por conta do aumento desse segmento, jornais, veículos on line, revistas setorizadas, rádio e TV, a todo momento, buscam profissionais capacitados em negócios virtuais para que se tornem fontes de informação para as publicações. Foi com este intuito que o Labiz Group – Laboratório de Negócios Digitais fechou parceria com a LINK Portal da Comunicação, empresa que atua há mais de 10 anos em assessoria de imprensa e comunicação integrada. "É pertinente que uma empresa, que já tenha estrutura e conhecimento para falar sobre mercado digital e marcas, busque um relacionamento mais profissional com a mídia", revela Clarice Pereira, coordenadora de Comunicação.

Segundo a jornalista, o objetivo da parceria com o Labiz Group, é proporcionar informações apuradas aos colegas das redações, de preferência em primeira-mão e com exclusividade, de forma a otimizar o trabalho da imprensa, além de facilitar o acesso aos especialistas do Labiz Group. "Procuraremos fortalecer o desempenho dos repórteres na apuração dos assuntos, transferindo 'as matérias a credibilidade do grupo e seu sucesso no mercado de negócios digitais", explica.

A empresa é responsável por criar e implantar vários produtos e serviços para que as marcas na Internet tenham mais visibilidade. Busca atuar diretamente no perfil do negócio do cliente e traz soluções diferenciadas para que a comercialização via web realmente traga bons resultados. "As operações começam com o estudo da marca e concepção do produto, gestão de produtos e conteúdos, formas de comercialização, meios de pagamento e controles até a logística de distribuição. Esse é o diferencial que trabalharemos no relacionamento com os jornalistas," comenta Clarice Pereira.

Martílio Bueno, diretor do Labiz Group, possui formação em Publicidade e Propaganda pela FAAP – Fundação Armando Alvares Penteado. Atuou em empresas como Perdigão, Unilever e Danone. Desenvolveu soluções de branding commerce (com personalização da marca e comercialização digital de produtos) para Meepix, Ediouro, 3M, Neymar Oficial Store.

Bueno informa que o apoio da mídia será fundamental para promover a discussão sobre a personalização do produto como instrumento para venda da marca. "O novo conceito de branding commerce está surgindo com força total. É um processo que começa com pesquisa de mercado via redes sociais, desenvolvimento de produto, gestão de negócio, comercialização digital até a distribuição e pós-venda. A mídia que cobre a área de marketing deve estar atenta a esse assunto", salienta o marqueteiro.


Foto: Divulgação.