terça-feira, 31 de janeiro de 2012

FACEBOOK SUPERA AUDIÊNCIA DO ORKUT

Por Redação Link


Segundo o instituto, no Brasil, o Facebook teve 36,1 milhões de visitantes únicos em dezembro, aumento de 192% em um ano

O que parecia inevitável aconteceu. No mês passado, a audiência do Facebook ultrapassou a do Orkut, de acordo com os números da ComScore divulgados nesta terça-feira, 17. O Brasil era um dos sete países em que o Facebook não era a rede social predominante — restam agora China, Japão, Coreia do Sul, Vietnã, Polônia e Rússia.

Pelos números, o site de Zuckerberg alcançou 36,1 milhões de visitantes únicos neste último mês de 2011. Um ano antes, a audiência era de 12,3 milhões. O crescimento foi de 192% no período.

Já o Orkut deixou de ser líder de audiência nas redes sociais e ficou em segundo lugar com 34,4 milhões de visitantes (alta de 5% em relação a 2010).  No geral, a audiência das redes sociais cresceu 12% em um ano. O Tumblr é outro site que liderou a alta. O site passou de 1,3 milhões de visitas para 4 milhões, um salto de 206%.

“O rápido crescimento do Facebook no mercado brasileiro certamente foi uma das evoluções mais interessantes de 2011″, disse Alex Banks, gerente da ComScore para o Brasil.

A avaliação do instituto de medição não leva em conta acessos feitos nem por meio de computadores em lan houses, nem por aparelhos móveis.

A lista de redes sociais mais acessadas é seguida por Windows Live — o MSN –, com 13,3 milhões (alta de 13%); Twitter em 4º com 12,4 milhões (alta de 40%); o jovem Google Plus, que teve em dezembro sua primeira medição no País, com 4,3 milhões; e o LinkedIn, com 3,1 milhões de visitantes únicos. Veja os dados completos na tabela:

 
Na tabela abaixo, é possível ver o perfil dos usuários do Facebook analisado pela ComScore. A quantidade de homens  e de mulheres é quase a mesma. Há cerca de 600 mulheres a mais na rede. As faixas etárias que vão de 15-24 anos e 25-34 representam a maioria dos usuários. Cada uma equivale a cerca de 30% dos usuários. Sobre a distribuição entre os Estados, os paulistas são maioria (34,2%), seguido do Rio de Janeiro (12,9%), Paraná (7,4%) e Minas Gerais (7,1%).


Fonte: O Estado de S. Paulo (17/01/2012).

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

VEJA A DIFERENÇA ENTRE UM ÂNCORA E UM LEITOR DE NOTÍCIAS

Por Maurício Styler 

A figura do “âncora” de telejornal é motivo de alguma confusão no Brasil. Qual é exatamente o seu papel? Neila Medeiros apresenta o jornal “SBT Brasília”.  Um exemplo do tipo de intervenção que um âncora pode fazer foi visto recentemente e se transformou em hit na internet.  Ocorreu após o noticiário que ela apresenta exibir o típico blablablá de um homem público diante do microfone.

Pressionado por uma repórter do SBT, o secretário de Obras de Luiziânia se enrolou todo ao explicar o fiasco nas obras de prevenção a enchentes da cidade. “Criticar é fácil, agora fazer as coisas no período de chuvas é difícil”, ele disse. Um dos culpados, acrescentou o secretário, é a imprensa. “Ao invés de ajudar, ela não deixa a gente trabalhar. Eu tô desde ontem só no telefone e dando entrevista (…) e isso aí atrapalha o serviço da gente”.

Ao fim do VT, Neila não consegue esconder sua revolta e desabafa ao vivo: “Gente, me desculpa, mas dizer que a imprensa atrapalha? Esse buraco onde caiu o caminhão, que vocês viram na matéria, foi anunciado por nós. (…) Não fizeram por culpa da imprensa? Como assim?” E disse ainda: “Por que não fez na época da estiagem? Já ouviu falar em prevenção?”

Para quem só vê os noticiários da Rede Globo, a intervenção da âncora do “SBT Brasília” chega a ser chocante. Orientados a parecer mais “humanos”, os principais apresentadores da emissora carioca estão tentando fugir do figurino engessado de outros tempos, mas as suas intervenções são de outro tipo. Eles têm chamado mais atenção pelas gracinhas que protagonizam do que por suas opiniões.

Chico Pinheiro, fã de samba e futebol, assumiu o lugar de Renato Machado, especialista em vinhos, no comando “Bom Dia Brasil”, e passou o final do ano lamentando o desempenho das equipes mineiras no Brasileirão. Cesar Tralli, agora no comando do “SP TV”, foi ao camarim de Zezé di Camargo e Luciano falar sobre as botas novas dos cantores e chamou o mais novo de “Lu”.

Sandra Annenberg, no “Hoje”, transformou uma gafe (“Que deselegante!”) em bordão. Seu companheiro, Evaristo Costa, fez sucesso com uma piada de criança (“gosta de mamão, Sandra?)”. Já William Bonner e sua companheira de bancada, primeiro Fátima Bernardes, depois Patrícia Poeta, se especializaram em ler notícias trocando olhares.

Diferentemente da âncora do SBT, todos estes jornalistas dão a impressão de não ter o direito de dizer o que pensam enquanto apresentam seus telejornais. São chamados de “âncoras”, mas na prática são simpáticos e, agora, divertidos leitores de notícias.

Bonner, Sandra, Evaristo & Cia podem fazer gracinhas ao vivo, mas evitam (ou são impedidos de) opinar, elogiar, manifestar indignação com o noticiário ou se posicionar diante de fatos que merecem mais do que um relato básico. Faz muita diferença, como você pode ver abaixo, na intervenção da âncora do SBT. É só um buraco de rua e um secretário sem noção, mas faz toda a diferença: http://www.youtube.com/watch?v=tzlTjSDY1Mo .

Fonte: Blog Maurício Styler (Uol – 16/01/2012). Foto: Divulgação.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

MADE IN BRAZIL



NELSON DE SÁ
Quando a Band afastou Rafinha Bastos por uma piada, abriu a porta para o desconhecido. Na entrada do ano, o comediante fechou com o Netflix -serviço de vídeo por demanda, recém-chegado ao país- e estreou três especiais de “stand-up”.
A contratação deve ser anunciada hoje pela programadora de TV paga Fox, que investe em conteúdo nacional para ser concorrente de fato da Globosat. “Ainda não posso comentar”, diz Marcelo Cataldi, vice-presidente da Fox Brasil.
Rafinha é parte de um movimento maior da TV por assinatura em 2012, cujos motores são a nova lei da TV paga, a maior competição tanto entre programadoras como operadoras e o avanço do vídeo por demanda, via web.
Momento nacional

A Fox estreia o Fox Sports no dia 5 e enfrenta resistência de operadoras que controlam a TV paga, Sky (satélite) e Net (cabo), que pertencem a grupos associados à Globo. Anunciou que seu canal Speed dará lugar ao de esportes -que tem exclusividade da Libertadores na TV paga.
Na última sexta [20/1], o Meio & Mensagem noticiou que a Fox deu novo passo ao comprar o BandSports, que tem direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos de Londres com SporTV, da Globosat, e ESPN, da Disney. A concorrência fez o SporTV escalar Galvão Bueno para os jogos.
A aposta no Fox Sports “por si só já sinaliza que a perspectiva é muito boa para a TV paga”, diz Cataldi.
A Fox investe no país em resposta ao aumento de demanda por TV paga, que credita “em boa parte” à classe C, que agora tem “condições de experimentar [a TV por assinatura] e está gostando”.
O novo canal “está alinhado com o momento da TV por assinatura”, diz Cataldi. Em 2011, a Fox já lançou o Bem Simples, “100% produção local”, e fez as séries “9 MM” e “Bicho Papão”, o documentário “Across the Amazon” e programas como “O Guia”, de gastronomia, “sucessos” de outros canais seus.
Mas esporte é o foco em 2012. “Os anos pares tendem a ser anos em que a TV paga tem ganhos de participação no bolo publicitário, em função de grandes eventos como os Jogos Olímpicos”, diz Alberto Pecegueiro, presidente da Globosat. “A perspectiva é manter em 2012 um crescimento do faturamento acima da média do mercado.”
Ele diz que a nova lei da TV paga (12.485), que entra em vigor neste ano e estabelece cotas de conteúdo nacional, “vai acelerar o processo, principalmente nos canais internacionais”, de maior atenção à produção brasileira.
Pecegueiro critica o que avalia como “benefício” ao programador internacional de TV paga: normas fiscais estipulam que, “do imposto sobre a remessa de dinheiro, parte pode ser usada para produzir conteúdo no país”, o que favoreceria Fox, HBO e Turner. “O programador brasileiro fica em desvantagem. Toda a nossa produção é feita com dinheiro de verdade.”
Neste ano de mais concorrência, o grande lançamento da Globosat é o canal infantil Gloob. A nova programação só entra no ar depois do Carnaval.
Televisão na internet investe na produção de conteúdo nacional

Um produtor de São Paulo, que pede anonimato, relata que seus negócios estão sendo alavancados não pela TV paga, mas por um novo ator: o vídeo por demanda, via internet. Serviços como o Netflix passaram a investir em produção nacional.
Criado há quatro anos nos EUA e instalado há quatro meses no Brasil, o Netflix cobra R$ 14,99 por mês para permitir o acesso, de início, a 1.300 títulos, entre filmes e séries. O acesso pelo televisor é feito hoje com consoles de games (PS3, Wii, Xbox) e outros aparelhos, além das novas “smarTVs”, televisores com navegação on-line.
Jonathan Friedland, vice-presidente global de comunicação e marketing do Netflix, diz que o avanço inicial no Brasil, “nosso primeiro serviço em língua estrangeira”, foi lento, melhorando perto do Natal com a viabilização do acesso por mais consoles.
Não dá números, mas em carta aos acionistas o Netflix disse estar “servindo centenas de milhares de latino-americanos”, 40% brasileiros.
Segundo seu presidente, Reed Hastings, “é cedo para dizer se vamos chegar ao equilíbrio entre receita e despesa [break even] em dois anos, como gostaríamos”. Ele e Friedland preferem destacar que é hora de “aprender”.
No Brasil, o Netflix já aprendeu que, embora a classe C queira filmes e séries dubladas, a maioria dos assinantes iniciais tem renda maior, é jovem e quer legendas.
E quer conteúdo nacional, mas “alternativo, diferente”, daí o investimento em produções como os especiais de Rafinha e do UFC. “Estamos falando com produtores e também com redes. Licenciamos conteúdo da Globo para o resto da América Latina. Rafinha está na América Latina, nos EUA e no Canadá.”
Friedland avisa que vai às compras em fevereiro no Rio Content, feira criada em 2011 pelos produtores independentes que acabou atraindo 2.000 pessoas. Neste ano, a palestra central será de Jack Bender, diretor de “Lost”.
“A gente pensa sobre isso o tempo inteiro, acompanha de perto”, diz Alberto Pecegueiro, da Globosat, sobre a chegada do vídeo sob demanda.
No início de 2011, nos EUA, as operadoras de cabo sofreram sua primeira queda na base de assinantes. “Pela primeira vez, a conexão do domicílio poderia estar sendo abalada pela oferta de conteúdo da internet”, diz ele. “Mas o ano fechou, e a conclusão foi que a queda se deu mais em função da recessão.”
Pecegueiro diz que “é claro que se constata, nas pesquisas, aumento no consumo de vídeos”, daí a resposta de operadoras e programadoras, nos EUA e agora no Brasil, com a “TV everywhere”, permitindo acesso aos programas via internet, em qualquer tela. “Até aqui não há nenhuma 'disrupção' no negócio de TV paga.”
Friedland diz que “todos se movem nessa direção. Em dez anos, todos vão estar lá, até a Globo”. (Nelson de Sá)

Nova lei incentiva parcerias com independentes

A TV paga cresceu 30,5% em 2011, mas o avanço se concentrou no serviço por satélite, não a cabo. Para este ano, com a lei 12.485, que abre o cabo às teles, “você tem injeção maior de recursos e competição maior”, comemora Marco Altberg, presidente da ABPI-TV, associação das produtoras independentes.

Alexandre Annenberg, da ABTA, associação que reúne operadoras e programadoras, saúda a lei pelo impulso que vai dar ao cabo, que atravessou uma década paralisado: “O DTH [satélite] cresceu expressivamente, mas porque o cabo ficou estagnado”.
Hoje, “de modo geral, só uma empresa oferece o serviço por cabos, a Net”, diz Alex Galvão, que cuida da regulamentação na Agência Nacional do Cinema. “As outras, Telefônica, Oi, estavam impedidas. Com a nova lei, elas poderão e certamente farão [o serviço por cabo].”
A lei, cuja regulamentação entrou em consulta pública na semana passada, também diz que “no mínimo 3h30min semanais dos conteúdos no horário nobre deverão ser brasileiros”, tanto por cabo como satélite, com “metade de produtora independente”.
“Houve um impulso pela lei, mas já estávamos tendendo para isso, para nos aproximarmos mais do consumidor, culturalmente falando”, diz Marcelo Cataldi, vice-presidente da Fox. Para este ano, ele anuncia “vários produtos já a caminho, em parceria com produtoras locais”.
Annenberg avalia que a cota “sem dúvida está estimulando o setor, sobretudo a produção independente”, porém “quem tem potencial para alavancar a indústria do audiovisual” no país não é a TV paga, e sim a TV aberta. “Mas ela está toda blindada, de forma a resguardar seu modelo de negócios.” (NS)


Fonte: Observatório da Imprensa (24/01/2012 - reproduzido da Folha de S. Paulo, 23/01/2012).

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

BRASIL CAI 41 POSIÇÕES NO RANKING DE LIBERDADE DE IMPRENSA


Favela de Antares: Ernani Alves, repórter da Band (dir.), que estava com o colega de trabalho, o cinegrafista Gelson Domingos, minutos antes dele ser baleado (Fernando Quevedo / Agência O Globo)

É a 2ª queda mais acentuada entre países da América Latina, diz organização
O Brasil caiu 41 posições no Ranking de Liberdade de Imprensa, realizado anualmente pela organização Repórteres Sem Fronteiras. O país caiu do 58º lugar, que ocupava em 2010, para o 99º, no levantamento 2011-2012 divulgado nesta quarta-feira. Esta é a segunda queda mais acentuada entre os países da América Latina, destaca a entidade, que relaciona o péssimo desempenho brasileiro ao "alto índice de violência" e a mortes de jornalistas no ano passado (sem detalhar, a organização fala em três casos; em novembro, um cinegrafista foi morto ao cobrir uma ação do Bope no Rio). 

Só o Chile registrou performance pior que a brasileira na região, perdendo 47 colocações, principalmente em função dos protestos estudantis. A pesquisa, que completa uma década, atribui notas a 179 países de acordo com os perigos que os profissionais da imprensa encontram para trabalhar (os melhores colocados recebem pontuação negativa).

"Este ano, o ranking apresenta o mesmo grupo de países no topo. Entre as nações estão Finlândia, Noruega e Holanda, que respeitam a liberdade básica. Isso é um lembrete de que a independência da mídia só pode ser mantida em democracias fortes e que a democracia precisa de liberdade de imprensa", destacam os Repórteres Sem Fronteiras, em comunicado. "Vale a pena notar a entrada de Cabo Verde e Namíbia para o Top 20 - dois países africanos onde nenhuma tentativa de obstrução do trabalho da imprensa foi relatado em 2011", acrescentam.

Ditaduras - Já na outra ponta da tabela, entre as piores colocações, não há surpresas. "Ditaduras que não permitem qualquer liberdade civil ocupam novamente os últimos três lugares (Turcomenistão, Coreia do Norte e Eritreia). Este ano, eles são imediatamente precedidos por Síria, Irã e China, "países que parecem ter perdido o contato com a realidade, pois têm sido sugados para dentro de uma espiral louca de terror", enfatiza a organização.

Além da Síria, outros países atingidos pelas revoltas árabes, como Egito, Iêmen e Barein, também apresentam índices alarmantes. "Muitos meios de comunicação pagaram caro pela cobertura das aspirações democráticas ou movimentos da oposição. A censura passou a ser uma questão de sobrevivência para os regimes totalitários e repressivos."

Confira, abaixo, o desempenho de cada país:

- Finlândia 
      Noruega

- Estônia
      Holanda

- Áustria
...
47º - Estados Unidos
...
99º - Brasil
...
175º - Irã

176º - Síria

Fonte: Veja On line




terça-feira, 24 de janeiro de 2012

CANSAÇO DA WEB AINDA ESTÁ LONGE DO BRASIL


Redes sociais continuam a crescer no país, e consultoria estrangeira orienta seus clientes a investir nos emergentes

Sinais de reação à vida digital surgem nos bolsões em que a disseminação de mídia é mais amadurecida

NELSON DE SÁ E ALEXANDRE ARAGÃO
DE SÃO PAULO

O Brasil está longe da saturação social observada nos EUA: o Facebook cresceu 192% em um ano, chegou a 36 milhões de usuários e ultrapassou afinal o Orkut -que também cresceu, mas 5%, segundo a comScore.

Em relatório, a consultoria Forrester Research até recomenda, aos investidores e profissionais de marketing: "Se você está colocando todos os esforços sociais nos EUA, é hora de mudar seu foco -e seu orçamento- para países onde os usuários são mais sociais".

"Os emergentes lideram o mundo na adoção de mídia social, enquanto mercados tradicionais ficaram para trás", diz o estudo, destacando, entre os emergentes, China, Índia e Brasil.

Mas já se percebem por aqui os primeiros sinais de uma reação à vida digital e aos seus efeitos sobre a produtividade, ao menos nos bolsões em que a disseminação de mídia social é maior e mais amadurecida.

Num exemplo prosaico, a presidente Dilma Rousseff abandonou o Twitter há mais de um ano, apesar dos reclamos gerais, "por falta de tempo", segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Ela continua com a internet presente em seu cotidiano, mas como "espectadora", na classificação da Forrester para internautas de mercados "maduros" como os EUA.

No caso, Dilma usa a internet para consumo de jornais e revistas, o que ocupa entre uma hora e uma hora e meia de seu tempo, pela manhã. Tem como base um notebook, que fica em sua mesa, e usa tablet para leitura de títulos, inclusive internacionais, como o "Financial Times". Iniciado o trabalho, não permite nem celular nas reuniões.

Corroborando estudos que indicam que a internet prejudica não apenas a criatividade das pessoas mas a sua própria humanidade, o diretor de teatro Antunes Filho abandonou seu notebook, que deu para um assistente.
"Eu gosto de ficar com a cabeça livre", responde Antunes, ao ser questionado sobre criatividade. "A internet é o grande cheio. Você tem de ficar no grande vazio, no grande zen, solto, nuvem branca correndo no céu."

"DESATIVEI"

Também são comuns os casos de jovens que se desligam da rede para estudar. É o caso da estudante brasiliense Isabele Bachtold, 24, que fez uma pausa para se dedicar mais ao concurso do Instituto Rio Branco.

"Eu acabava entrando [na internet] para tirar alguma dúvida, aí ficava no Facebook e, quando percebia, já tinha passado meia hora", conta. Assim, tomou a decisão de desativar a conta. "Desativei, em vez de deletar, porque pretendo voltar", diz Isabele.

Até agora, a estudante não sentiu tanta falta da rede social -o Facebook era a única que usava. "Eu só sinto falta de saber o que está acontecendo na cidade."

Dos amigos que mantinha na rede, 13 eram os que Isabele interagia com mais frequência. "Sempre que tinha novidades, alguém postava nesse grupo. Continuo me encontrando com eles." 

Fonte: Folha de S. Paulo – 23/01/2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

ANIMAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO CONTRIBUEM PARA AUMENTO DA PRODUTIVIDADE


Bill Querubim: temperamento forte e mais feroz.

Por LINK Portal


Empresas brasileiras já apostam na presença de animais no trabalho como forma de harmonizar o ambiente. Uma consultoria de comunicação no bairro de Pinheiros, em São Paulo, adotou Tom e Bill, dois filhotes de uma pastora alemã. Hoje, já adultos, os cães fazem a segurança da empresa e a alegria dos profissionais que integram o LINK Team.

Eles fazem a maior bagunça: se divertem, correm, sujam, quebram, fazem barulho, dão trabalho. Mas onde quer que estejam fazem aflorar os mais belos sentimentos dos seres humanos. Você certamente já deve ter uma ideia do que se trata: cães, gatos, peixes, pássaros e, em alguns casos, até animais exóticos, são capazes de trazer alegria e equilíbrio para dentro de casa e, agora também no ambiente de trabalho, minimizando as situações de grande estresse profissional.

Um estudo realizado pela Universidade Central de Michigan, nos EUA, mostrou que a presença de cachorros altera o comportamento das pessoas, pois elas se sentem mais felizes. Tendo em vista essa e outras pesquisas focadas na influência dos “bichinhos” nas vidas humanas, as corporações mais modernas, cada vez mais, permitem essa integração homem-animal no ambiente de trabalho.

Nos Estados Unidos, uma em cada cinco companhias autoriza que os empregados levem seus pets para o escritório. A crença dos norte-americanos sobre a presença dos animais de estimação para trazer felicidade tem ganhado força ao ponto de celebrarem o “Dog Day” (Dia do Cachorro), em 25 de junho, quando os funcionários são autorizados a terem no trabalho a companhia de seu animal de estimação.

No Brasil, algumas empresas já têm aberto as suas portas para que esses bichinhos façam parte do quadro funcional. Assim, os brasileiros passam também a usufruir do benefício de ter um animal ao seu lado no ambiente profissional.  Tom e Bill são dois cães grandes que dão expediente diariamente na consultoria LINK Portal da Comunicação. Foram contratados como seguranças, mas fazem muito mais que isso, tornaram-se companheiros inseparáveis do time de executivos da empresa e ajudam a elevar o rendimento  das atividades.

Tom e Bill são nossos guardiões, nossos anjos de rabo. Além disso, eles humanizam o nosso local de trabalho, diminuem a tensão do dia a dia da empresa e tornam o ambiente mais próximo do familiar entre os colaboradores e isso contribui para que tudo fique mais tranquilo, mais harmonioso”, afirma Clarice Pereira, coordenadora da LINK Portal.

Ela conta que os cachorros apresentam características de personalidades totalmente diferentes, apesar de serem provenientes da mesma ninhada. Bill tem um temperamento mais forte e feroz, enquanto que Tom é mais hiperativo e brincalhão. Erick Paytl, estudante de jornalismo, conta que foi uma surpresa para ele encontrar os animais na empresa quando iniciou seu estágio há um ano. “Eles levaram apenas uma semana para me aceitarem como membro da matilha. Foi uma espécie de quebra-gelo. Tirou aquela tensão normal de um emprego novo. Hoje são meus amigos e, sempre que possível, os alimento, os solto do canil, brinco com eles e os afago.”

Seu colega, Rene Gomes, da área de design gráfico, também é a favor da companhia dos animais. “Acho muito bom, eles nos distraem, são divertidos e podem ser um meio de combater o nosso estresse”. O chefe dele, Ed Coelho, concorda. “Como convivo com um gato em casa. Para mim é normal ter animais rondando minha mesa de trabalho.

Nem todos, porém, se adaptam à presença canina. A jornalista Márcia Brandão trabalha há mais de dois anos na empresa, mesmo assim, ainda não se adaptou aos bichos. “Se eles estão em um ambiente eu nem chego perto. Morro de medo que eles me mordam. Sou a única a pedir que eles sejam presos para que eu possa entrar e sair da agência.”

Tom Raphael: brincalhão e adora abraçar a equipe da LINK.
Para Ágatha Barbosa, outra jornalista, “quando estamos ao telefone em conversa com alguma fonte ou com algum colega nas redações, os latidos de Bill e Tom prejudicam um pouco, até porque, mesmo sendo treinados, eles ficam enlouquecidos quando percebem outro animal na vizinhança, mas isso não se compara aos benefícios que eles trazem para a nossa alma”, compara.

Rodrigo Campos, assessor de marketing da LINK Portal, também se diz incomodado com o barulho de Tom e Bill, especialmente nas horas das conversas ligadas ao trabalho ou durante as reuniões, no entanto, ele admite que a companhia dos dois amigos caninos é gratificante na rotina. “Trazem harmonia e são dois companheiros que nas horas vagas nos alegram, ajudam a aliviar a cabeça, refrescar um pouco a mente para voltarmos ao trabalho. No âmbito mais empresarial, essa interação significa a prática da sustentabilidade que tentamos manter em nossa empresa.”

Elaine Pereira, assessora da LINK Portal, diz que a presença dos cães funciona como uma terapia. “Num ambiente que requer concentração máxima e cumprimento de metas com prazos apertados e responsabilidades, esses ‘bichinhos’ tornam as coisas mais leves e animam o nosso cotidiano”, conta.

Ninguém na empresa, porém, é mais fã de Tom e Bill, que a zeladora Euda Nascimento. A recíproca também é completamente verdadeira. Os cães choram ao recebê-la: “chego aqui aos sábados, o prédio vazio, tudo em silêncio, mas basta eu colocar a chave no portão de entrada, que ‘os meninos’ fazem a maior festa. Quase me derrubam, querendo me abraçar, me lamber, me cheirar. Permanecem o tempo todo me acompanhando, de sala em sala, até eu terminar o meu trabalho. Já pensou que tristeza se eu tivesse que ficar sozinha o dia inteiro?”. Pelo jeito esta parceria de sucesso vai continuar por muito tempo! 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

INVESTIMENTO EM PUBLICIDADE CRESCE 16%



MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO

Os gastos com publicidade cresceram 16% em 2011 e alcançaram R$ 88,3 bilhões, segundo dados do Monitor Evolution, do Ibope.

O serviço monitora investimentos em compra de mídia realizados em 38 cidades nos principais meios de comunicação. Os valores consideram a chamada tabela cheia --desconsiderando, portanto, tradicionais descontos concedidos pelos veículos de comunicação.

O número também não leva em conta a inflação do período, de 6,5%.

Pelas contas do Monitor, a TV aberta abocanhou 53% do bolo publicitário, aumentando seu faturamento de R$ 40 bilhões para R$ 46,3 bilhões (alta de 15,3%). Os jornais ficaram com 20% das receitas, saltando de R$ 16,1 bilhões para R$ 17,2 bilhões (incremento de 7%).

Pela primeira vez, as TVs por assinatura superaram o meio revista, atingindo a terceira colocação no ranking das receitas com publicidade. Alcançaram R$ 7,4 bilhões (alta de 18%), enquanto o meio revista recebeu R$ 7,2 bilhões (alta de 13,3%). No ano anterior, as revistas faturaram R$ 6,4 bilhões, ante R$ 6,3 bilhões da TV paga.

Com crescimento acima da média do setor nos últimos três anos, a internet segue ganhando mercado. Em 2010, o meio digital tinha 4% do bolo publicitário e cresceu para 6%. Mas o forte crescimento, de 71% da receita bruta (de R$ 3,1 bilhões para R$ 5,4 bilhões), reflete principalmente uma mudança na tabela praticada pelos portais, além da inclusão de novas modalidades publicitárias.

"Esses fatores não mudam a tendência de crescimento da internet, que se consolida como o quinto maior meio", afirma Melissa Vogel, diretora de marketing do Monitor.
O comércio e o varejo foram responsáveis por 22% dos gastos publicitários (R$ 19,1 bilhões), liderando o ranking por setor.

Em segundo lugar vem o setor automobilístico, com 9%. Com 8%, o setor de higiene e beleza foi o que mais ampliou gastos: chegou a R$ 7,4 bilhões, quase R$ 2 bilhões a mais do que no ano anterior.

ANUNCIANTES

No ranking dos anunciantes, a Casas Bahia segue na liderança, com R$ 3,3 bilhões de gastos com publicidade. Com uma verba publicitária 35% maior do que no ano anterior (R$ 2,6 bilhões), a Unilever se mantém na segunda colocação.

A cervejaria Ambev superou a Hyundai Caoa e conquistou a terceira colocação, com R$ 1,3 bilhão de investimentos (alta de 5,9%). Os gastos da representante da montadora coreana encolheram 20,55%, o que a fez cair para a quinta colocação.

A quarta posição ficou com a Reckitt Benckiser (fabricante de Veja e outros produtos de limpeza), que ampliou os gastos em 42%, subindo quatro degraus no ranking.

A cervejaria Petrópolis também deu um salto (da 12ª para a 6ª colocação), ampliando seus gastos em 66,5% (para R$ 1,1 bilhão).

Fonte: Folha de S. Paulo - 20/01/2012.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

VISÃO DA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

Capacitação é necessária para estratégia sustentável.


Por LINK Portal

Algumas medidas como reciclagem e o reuso de materiais podem fazer alguma diferença nos aspectos ambientais, mas ainda não são suficientes para construir diretrizes realmente sustentáveis. É preciso implementar soluções e estratégias de sustentabilidade empresarial, entre elas a comunicação.

Com a escassez de recursos naturais que vivemos atualmente, a palavra sustentabilidade virou sinônimo de sobrevivência, não só para o planeta e seus habitantes, mas principalmente, para as empresas que querem garantir rentabilidade aliando responsabilidade ambiental e ações de cidadania. Segundo a coordenadora da LINK Portal da Comunicação, Clarice Pereira, “o crescimento mundial - populacional e econômico - não é sustentável!”. Portanto, o desafio das companhias é reinventar-se para alçar o desenvolvimento, “crescer transformando a realidade presente em melhoria global”.

Originariamente sustentabilidade tem a ver com longevidade, com mudança de hábitos e de cultura, com resiliência e superação, isto é, com a capacidade de se transformar para sobreviver às intempéries e evoluir com a natureza. “Hoje, no entanto, ser um negócio sustentável virou uma espécie de modismo e o conceito vem sendo empregado, inclusive, por aqueles cujas práticas não correspondem integralmente à proteção ambiental ou à qualidade de vida das comunidades envolvidas nem com a longevidade do negócio”, afirma a coordenadora da LINK.

Para ela, medidas simples como reciclagem, destinação adequada de resíduos, produtos tóxicos e restos de matéria-prima e o reuso de materiais podem fazer alguma diferença nos aspectos ambientais, mas para a construção de diretrizes realmente sustentáveis é preciso implementar soluções e estratégias de sustentabilidade empresarial, entre elas a comunicação. “Mais que boa vontade, é preciso ter uma espinha dorsal alicerçada em conceitos, práticas e resultados, que torne sustentável também a cadeia de suprimentos e fornecedores”, diz.

No Brasil, a maioria das ações de sustentabilidade ainda está engatinhando. Teremos que nos esforçar muito mais para conciliar nosso processo produtivo com a preservação do meio ambiente e da sociedade como um todo. O caminho é o equilíbrio entre pessoas, natureza e negócios, num jogo de ganha-ganha, em que todas as partes se beneficiem e, neste aspecto, a comunicação é imprescindível.

Como não é possível, no curto prazo, mudar a organização inteira, é preciso escolher dentre as áreas, as mais críticas, para criar uma situação favorável às mudanças e transformar cada caso em oportunidade e esperança de um futuro melhor. De acordo com Clarice, para conseguir êxito nas medidas de desenvolvimento sustentável, em primeiro lugar, é preciso conscientizar a base da pirâmide produtiva sobre a urgência das ações em defesa do meio ambiente e suas consequências na vida das pessoas. A capacitação sobre práticas de sustentabilidade, para o quadro funcional e fornecedores desenvolverem suas atividades, também faz parte da estratégia de desenvolvimento sustentável. “Faz-se necessário ainda, compartilhar informações sobre responsabilidade socioambiental e trocar experiências com objetivo de transformação cultural”, completa.

Instrumentos de comunicação permitem construir e melhorar a imagem de uma empresa, entidades e públicos internos e externos. Até mesmo influenciar consumidores e ganhar novos seguidores. Também possibilita que as empresas posicionem-se em seu mercado de atuação. Alcançar a meta desejada depende de uma estratégia bem elaborada e que caiba no bolso do investidor. Para fazer parte do alinhamento estratégico ligado aos preceitos de sustentabilidade, a comunicação deve obrigatoriamente estar focada ao pensamento, aos negócios e aos objetivos do empreendimento.

Clarice cita alguns casos de sucesso no “Planejamento Estratégico de Sustentabilidade Empresarial”, como o da Natura, por exemplo, que obedecem as diretrizes de: responsabilidade para com as gerações futuras; educação ambiental; gerenciamento do impacto ao meio ambiente; do ciclo de vida de produtos e serviços; e da minimização de entradas e saídas de materiais.

Para isso, a fabricante de cosméticos cumpre todos os requisitos legais, controla todas as fases de produção, reduz a utilização de insumos que prejudiquem a ecologia, bem como, extinguiu os testes em cobaias e as embalagens ecologicamente incorretas. Outro detalhe é o emprego de tecnologias limpas e a promoção da melhoria contínua nos processos de toda sua cadeia produtiva, com redução de emissões de gases geradores do efeito estufa. Também procura desenvolver modelos de negócios que levem em conta os princípios e as oportunidades advindas da sustentabilidade. Além disso, adota instrumentos capazes de medir, monitorar e auditar o consumo de recursos naturais e a geração de resíduos. “A empresa ainda está preparada para quaisquer tipos de incidentes e comunica isto o tempo todo em seus informativos internos e externos, em suas notícias divulgadas pela imprensa, em seu material institucional e mercadológico”, afirma Clarice.

A sociedade de consumo valoriza atitudes como o gerenciamento da qualidade do ar, da água e do solo, o controle de efeitos sonoros, a redução do desperdício, o uso de materiais biodegradáveis, a compensação de pegadas ambientais. Clarice ressalta que esta é uma das iniciativas que devem fazer parte das estratégias de sustentabilidade de empresas comprometidas com um planeta melhor e devem ser “exaustivamente anunciadas às futuras gerações”.

No Brasil já foi criado, por iniciativa da Bolsa de Valores de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, Instituto Ethos e Ministério do Meio Ambiente, um Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Seu intuito é incentivar os investidores a aplicarem seu capital em empresas que trabalhem com políticas de desenvolvimento sustentável, responsabilidade social e ambiental, compromisso ético e boas práticas de negócios.

Embora algumas corporações pensem nisso apenas como retorno de marketing, que podem auferir da sustentabilidade empresarial, essa nova abordagem deve ser empregada conscientemente, no sentido de reintegrar o homem à natureza. Muitos empreendimentos já adotaram o conceito de responsabilidade socioambiental empresarial em seus processos produtivos e o transferem à cadeia de fornecedores e parceiros. “As companhias nacionais têm que repensar o jeito de fazer negócios, respeitando o que é ecologicamente correto, ao mesmo tempo, economicamente viável; socialmente justo e culturalmente aceito”, completa Clarice.

De acordo com Clarice, anúncios e divulgações a respeito podem dar excelentes resultados na adesão do conceito da sustentabilidade. “O que garantirá seu sucesso é o alinhamento da forma de comunicação às necessidades de cada empresa. Para isso é preciso saber onde se está e onde se quer chegar!”, completa.

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