sexta-feira, 26 de julho de 2013

A Copa e a indústria

Por Ricardo Martins*

Ricardo Martins é diretor do CIESP Leste
A perspectiva de crescimento da economia brasileira este ano está abaixo dos 2%, segundo os próprios bancos oficiais. Enquanto isso, o governo federal está preocupado com as obras para a Copa do Mundo, da qual o principal beneficiário é a Fifa. Relegados ao segundo plano, os assuntos de interesse público como desenvolvimento econômico e industrial e as reformas tributária e política parecem ter sido transferidos para o próximo governo, após as eleições do ano que vem.

De certa forma, a provável desaceleração para qual ruma o Brasil indica aos olhares internacionais que era falso o otimismo que o País sustentou para realizar os megaeventos esportivos. O total previsto de investimentos, público e privado, para o espetáculo da Copa do Mundo de 2014 é de R$ 183 bilhões, com isso, o governo espera arrecadar tributos no valor R$ 16,8 bi aos cofres públicos. Porém, só em obras de para mobilidade urbana, portos, aeroportos, infraestrutura turística e serviços, já foram gastos R$ 28,1 bilhões.

Já as obras necessárias para o nosso desenvolvimento econômico, como a duplicação das rodovias que afunilam o transporte de produtos industrializados entre os Estados, continuam estagnadas. E nós, brasileiros, temos que assistir o governo federal tentando vender uma imagem de opulência no exterior, visivelmente preocupado com a reeleição presidencial.

Diz o governo que esta é uma oportunidade histórica para a promoção do desenvolvimento do País. Será? Ou seria apenas um megaevento de negócios com ares de competição esportiva? Quem ficará com os lucros do evento? Certamente, não os brasileiros, nem os trabalhadores e nem os empresários industriais.

A presidente tem repetido inúmeras vezes que o dinheiro empregado na construção dos estádios para a Copa não vem do Orçamento federal, que apenas foram concedidos empréstimos pelo BNDES, com teto de R$ 400 milhões por projeto. Só que ela esquece que os financiamentos do BNDES são títulos da dívida pública, a qual é paga com a arrecadação de impostos de toda a Nação.

Os recursos alocados como subsídios e renúncia fiscal, oferecidos pelas várias instâncias dos governos, poderiam sim ser empregados em projetos que evitassem prejuízos aos empresários e na geração de empregos para os trabalhadores - pesquisa da Grant Thornton Brasil aponta que apenas 1% dos empresários acredita na elevação do nível de emprego no País.

Da maneira com que foi montado o espetáculo da Copa da Fifa, não existe nenhum impacto na indústria nacional, a não ser o pequeno aumento do consumo de aço e concreto, mas de resto, a indústria não sente nada favorável em decorrência da Copa. Também não encontra nenhuma relação entre a construção dos estádios esportivos e desenvolvimento econômico regional, tornando falso o propalado “legado da Copa”.

Lamentavelmente só temos coisas ruins acontecendo com a indústria e não há nenhuma boa perspectiva para este ano. Estudo do IBGE acaba de indicar recuo de 2% da atividade industrial. A falta de uma política econômica para evitar a estagnação nacional é preocupante. Precisamos de mudanças estruturais capazes de desburocratizar o sistema tributário, de modernizar as relações trabalhistas, de promover a inovação tecnológica na indústria, de investir em mão de obra especializada, de coragem para arrochar os gastos públicos, evitar a invasão de produtos importados e o endividamento da população.

Com o aumento da taxa Selic, no mês de julho, para 8,5% ao ano, o cenário, que já era trágico para a indústria brasileira, piorou. Todos sabem que taxas elevadas de juros colaboram por frear ainda mais a economia. Então, não é preciso bola de cristal para prever que não há sinais de recuperação em curto ou médio prazo. A política de aumento de juros, sem a revisão consciente dos gastos públicos, eleva ainda mais os custos de produção e de transporte dos bens industriais.

Se não forem revistas essas diretrizes econômicas, concentrando o foco no aumento da competitividade, no estímulo à atividade econômica industrial e na contenção dos gastos governamentais, só nos resta torcer para que o Brasil não ganhe o hexa, o que é difícil para qualquer um. Só assim é possível que haja uma grande renovação dos políticos que aí estão, pois caso o Brasil ganhe, eles é que farão a própria festa mais uma vez.

* Ricardo Martins é diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) - Distrital Leste (www.ciespleste.com.br) e diretor de Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIESP. Também é vice-presidente do SICETEL - Sindicato Nacional das Indústrias de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos. E-mail: linkciespleste@linkportal.com.br.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

As classes emergentes e as novas mídias

Por Fabio Rodrigues*

Fabio Rodrigrues é CEO da Mídia & Cupom
Com um aumento significativo nos últimos anos, as classes emergentes influenciadas pela economia, a abertura de crédito e todas as facilidades de negociação de compra de produtos, tem movido o mercado brasileiro de maneira surpreendente. As empresas e, até mesmo o governo, têm observado e analisado esse fenômeno e devem se preparar estrategicamente para avançar neste mercado e conversar com esse público.

As faixas C, D e E representam 85% da população brasileira, sendo a classe C a que mais cresce, com 105 milhões de pessoas atualmente. Para quem quer alcançar esse público, o ideal é preocupar-se com planejamentos de comunicação sólidos. Essa é a melhor forma de atender o perfil deste consumidor emergente, que cresce a cada ano e necessita de uma adequação no planejamento estratégico de comunicação e marketing com competências cada vez mais customizadas. Aquele que souber adaptar suas ações e ferramentas a essa classe, aumentará notoriamente o seu alcance e influenciará a classe emergente. Displays no ponto de venda, promoções na televisão, propagandas em rádio, redes sociais, sites etc. são as ações que costumam ser feitas para chegar até essa audiência. 

O consumo somente da classe C chegou a R$ 1 tri em 2012. Esse novo público descobriu os mercados de higiene, eletrodomésticos, beleza e tende a abrir novos segmentos. Até 2015, esse número deve crescer 50% e atingir os R$ 1,5 tri. Com essa ebulição, surge a necessidade inegável de comunicação, tanto das marcas quanto dos governos, com essa população cada vez mais conectada e consciente das suas próprias necessidades e por isso, o diálogo deve ser intenso, transparente e principalmente, direto. Reafirmar valores e códigos culturais deve ser tema de preocupação para corporações e para o poder público.

Com informações detalhadas sobre o comportamento desse público, as estratégias devem ser direcionadas a atingi-lo e as ditas novas mídias são a maneira mais rápida e eficaz de estabelecer essa conversa. Antes, as campanhas eram feitas por meio de programas populares de televisão e rádio e transporte de massa. No novo panorama, em que o público passa a ter maior poder aquisitivo, são abertos novos canais de comunicação, alterando a rotina e alguns padrões de comportamento. Vivemos uma época de convergência de mídias onde é preciso usar, assim como as classes emergentes, ferramentas digitais para interação.

O celular pré-pago é um produto que está nas mãos desse público que ascende ao consumo e à informação, por isso, o cupom de recarga tornou-se um canal de publicidade direta que consegue abranger todas essas necessidades. De acordo com dados da Teleco, o Brasil já possui 262 milhões de aparelhos celulares, o que corresponde a 1,3 aparelhos por pessoa. Cerca dos 42% dos consumidores brasileiros, entre 25 e 44 anos, já fizeram alguma compra após receber uma mensagem promocional via celular. No caso da classe emergente, 210 milhões de consumidores dos segmentos B-, C e D usam celulares pré-pagos, que necessitam de recarga. Nada mais simples para atingi-los, que usar a mídia via cupom de recarga.

Isso porque máquinas de recarga estão presentes em supermercados, farmácias, bancas de jornal, mercearias, lojas de conveniência, postos de gasolina e em uma infinidade de pontos de venda que estão inseridos no dia a dia dessas classes emergentes. Por meio da propaganda no cupom de recarga é possível fazer promoções imediatas ou consolidação de marca, para um público segmentado que pode atingir até 44 milhões de pessoas mensalmente em mais de 165 mil pontos de venda em todo País, chegando a um alcance que nenhuma outra mídia chegou.

Temos então, a exigência de uma nova forma de comunicação com essa sociedade emergente que recém adquiriu acesso ao consumo e à informação e busca isso por meio das mais modernas ferramentas de comunicação. Cabe às empresas e governantes planejar e assim, proporcionar novas formas de comunicação em massa que atendam diretamente este público.

* Fabio Rodrigues é CEO da Mídia & Cupom, formado em administração pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em Marketing and Services pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - www.midiaecupom.com.br. E-mail:linkmidiaecupom@linkportal.com.br.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

HQ na Comunicação Interna

Olá, como vai?

Meu nome é Alexandre Nagado e estou há mais de 20 anos no mercado corporativo desenvolvendo projetos para as áreas de Marketing, Comunicação e Recursos Humanos, visando a melhoria da comunicação interna e desenvolvimento de pessoas, por meio de Histórias em Quadrinhos institucionais e ilustrações, sistema que chamo de Modelo HQ de Comunicação.

O Modelo HQ de Comunicação é um formato criativo e diferenciado de comunicação, no qual personagens são criados e apresentados no formato de HQs (histórias em quadrinhos) para que uma mensagem, informação ou conteúdo institucional tenha seu poder de transmissão ampliado e que a mensagem seja assimilada numa escala muito mais satisfatória. Combinando imagens e textos de forma única, os quadrinhos permitem grande poder de fixação de ideias, conceitos e informações, conseguindo êxito ao atrair a atenção de leitores de qualquer faixa etária ou nível hierárquico para o tema escolhido.

Esse modelo visual e didático tem efeito muito positivo quando os personagens criados representam os próprios funcionários da empresa, pois toda a criação da HQ (seja ela apresentada no formato de encarte, newsletter, revista ou intranet) representa situações e cenários com os quais o público-alvo se identifica. Confira aqui algumas empresas e instituições nas quais esse inovador modelo de comunicação já foi aplicado.

Conheça o meu portfolio e entre em contato agora com a LINK Portal da Comunicação e veja como desenvolver um projeto sob medida para suas necessidades.

Aguardamos seu breve contato.
Um abraço,

Alexandre Nagado

Quadrinista