quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A CHEFE DO TUMBLR NO BRASIL

Gina Gotthilf, que comandará o Tumblr no País.
Gina Gotthilf, de 25 anos, vai comandar a expansão do Tumblr no País e o escritório que deve ser inaugurado até o fim do ano


Murilo Roncolato

SÃO PAULO – Gina Gotthilf é uma brasileira de 25 anos que queria conhecer o mundo. Realizou parte do sonho ao estudar nos Estados Unidos, passando por Boston e Nova York. Quando se preparava para fazer uma viagem a outros países, a paulistana teve os planos frustrados por um telefonema. Do outro lado da linha estavam os executivos do Tumblr, a plataforma digital de publicação de conteúdo que invadiu o mundo e tem seu segundo maior público no Brasil.

Gina Gotthilf é a escolhida pela empresa norte-americana para apresentar o Tumblr aos brasileiros. A mais nova executiva terá por objetivo fazer aliados no mercado nacional, gerenciar o escritório a ser montado entre o fim deste ano e o início de 2013, contratar mais pessoas e entender de que maneira se usa o Tumblr por aqui.

Segundo Gotthilf, o menu digital do brasileiro inclui imagem e humor, mas ressalta que a utilização da plataforma pelos brasileiros é diferente dos americanos. O que separa é o tempo de permanência.  “Aqui é muito acesso, mas o usuário abre uma imagem, ri, fecha a página e não há interação”, diz. “Agora a gente quer mostrar os benefícios de usar o Tumblr como uma comunidade.”

O Brasil é o primeiro país a receber tanta atenção por parte dos executivos da startup que ainda não tem fórmula para gerar receita, mas já  recebeu investimentos de US$ 125 milhões. O site tem valor de mercado estimado em US$ 800 milhões. “Eles estão pulando de cabeça, querem entender mesmo o usuário. Como idioma (além do inglês) tem só no alemão, vai ter o português e é possível até uma mudança de interface por conta disso”, revelou a brasileira.

A executiva explica que o Tumblr não está atrás de meios de gerar receita imediatamente, citando o Facebook, que também começou sem uma forma específica de faturar. A fórmula inicial é “ajudar outras empresas a ganhar dinheiro por meio do Tumblr” e, assim, crescer com a injeção de recursos por investidores. “Não vamos botar banners com anúncios nas páginas porque seria intrusivo. O Tumblr estuda formas mais orgânicas de gerar receita, mas não é a principal preocupação”, garante.

Quem é. Gina nasceu em São Paulo e mora com família no bairro Perdizes. Aos 18 anos foi cursar Filosofia e Neurociência na Brandeis University, em Boston. “Sou muito interessada no comportamento humano. Juntei filosofia com neurociência, que dá uma abordagem mais molecular do assunto, e gostei”, explica.

Ela chegou a trabalhar por um ano em laboratório, mas graças ao seu lado “geek”, como ela brinca, passou a trabalhar em agências de mídia gerenciando a parte de mídias sociais. Foi quando encontrou Mark Coatney, ex-editor da Newsweek e atual diretor de mídia do Tumblr.

A “geek”, que se apresentou ontem em um palco na Campus Party, escreve ocasionalmente no Mashable, um dos blogs mais conhecidos de tecnologia, e teria iniciado seu tour pelo mundo hoje pela manhã. “Estava de malas prontas. Ia viajar hoje, queria morar uns meses na China e aprender mandarim”, conta. Sabendo disso, os executivos do Tumblr propuseram unir as duas coisas e já a escalaram para fazer parte do time que irá percorrer países onde o Tumblr pretende ter mais presença, como os da América Latina, Indonésia, Austrália, Japão, Turquia e Espanha.

Programação. A Campus Party terá como destaques nesta quinta-feira, 9, as palestras do diretor da Wikimedia Foundation, Kul Wadhwa, responsável pela Wikipedia, que deve comentar às 13h sobre as leis que podem afetar a internet como Stop Online Piracy Act (Sopa), Protect IP Act (Pipa) e o  Acordo Comercial Antifalsificação (Acta).

Às 16h, Sebastian Klockr, um chileno de 14 anos que criou um aplicativo que monitora terremotos e gera alertas discutirá com brasileiros sobre tecnologias interativas. No fim da tarde, às 19h, o escritor inglês Alex Bellos, autor do livro Alex no País dos Números, falará no Palco Principal ao lado de Ricardo Oliveira, jovem do Ceará vencedor da Olimpíada Brasileira de Matemática.

Fonte: O Estado de S. Paulo (08/02/2012). Foto: Divulgação.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

GOVERNO PROCESSA TWITTER POR ALERTAS SOBRE BLITZ DE LEI SECA


Ação na Justiça Federal de Goiás pede remoção de contas que avisem sobre fiscalização no Estado


AGU argumenta que operações policiais reduzem acidentes; pedido de liminar ainda não havia sido julgado


RENATO MACHADO
DE BRASÍLIA

A AGU (Advocacia-Geral da União) entrou com uma ação civil pública para que o Twitter remova contas que alertam os motoristas sobre blitze da lei seca em Goiás.

A ação foi ajuizada na Justiça Federal de Goiás contra a Twitter Inc. -dona do microblog- e os titulares das contas que indicam horários e locais em que as autoridades de trânsito fazem as operações.

A ação vale apenas para aquele Estado.

A Procuradoria da União de Goiás, autora da ação, pediu por meio de liminar que o Twitter suspenda imediatamente as contas, inclusive as que alertam sobre radares e outras ações policiais.

A Procuradoria detectou três contas, mas a ação pode abranger outras. Uma delas já foi retirada do ar, disse a AGU.

A ação solicita multa diária de R$ 500 por descumprimento, caso a liminar seja aceita -até o início da tarde, ela ainda não tinha sido julgada.

O advogado da União em Goiás, Luís Fernando Teixeira Canedo, afirmou que não deve haver problemas para que a empresa cumpra uma eventual decisão, mesmo sendo sediada fora do país.

Ele afirma que a AGU busca possíveis escritórios de representação do Twitter no Brasil, embora por enquanto não tenha conseguido. "O próprio portal informa um endereço eletrônico para receber as demandas das polícias de todo o mundo e da Justiça."

O argumento da AGU é que a fiscalização tem papel importante na redução de acidentes e no combate a outros crimes. O órgão afirma que a conduta do Twitter e dos proprietários das contas agride a vida, a segurança e o patrimônio das pessoas.

A advocacia diz que a ação teve como base estudos -da Polícia Rodoviária Federal e do Denatran, por exemplo- que mostram que o custo de acidentes nas rodovias federais e estaduais é de R$ 24,6 bilhões ao ano (dados de 2004 e 2005).

A Folha não conseguiu contato com a Twitter Inc.


Aplicativo para celular revela local de operações

VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

Em São Paulo, um perfil no Twitter, que tem até aplicativo para baixar no celular, avisa onde estão as blitze da cidade.

Para infringir a lei, basta acessar o perfil @LeiSecaSP, seguido por 43 mil pessoas (muitas são colaboradoras), para saber de praticamente todas as blitze em curso.

Ontem de madrugada, tuitava-se: "RT @OgroGordo : @LeiSecaSP, blitz violenta embaixo do Minhocão sentido Villa Country [casa noturna da Barra Funda, zona oeste]".

Depois de a AGU anunciar que pode tirar do ar perfis como o @LeiSecaSP, os tuítes passaram a protestar contra "censura". Pediam, também, táxis mais baratos à noite e metrô 24 horas.

A Folha conversou ontem, pelo Twitter, com um seguidor e colaborador do @LeiSecaSP, Maurício Andrade (@contatodomau), 23.

Ele diz que tuíta quando vê uma blitz. "Com ou sem o Twitter as pessoas vão beber, não podemos ser paternalistas e decidir pelas pessoas", disse.


Fonte: Folha de S. Paulo (08/02/2012).


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

PUBLICIDADE NA INTERNET BRASILEIRA DEVE BATER JORNAIS E REVISTAS ATÉ 2015, DIZ CONSULTORIA


A publicidade na internet brasileira deve superar os gastos com anúncios em jornais e revistas até 2015, seguindo fenômeno já observado nas economias mais desenvolvidas, segundo a Wark International Ad Forecast, serviço que analisa o segmento,

Pesquisa divulgada nesta semana mostra que os mercados emergentes vão garantir o crescimento da publicidade em 2012. Entre os 13 países pesquisados pela Wark, o Brasil deverá apresentar o quarto maior avanço, 8,5%, atrás de Rússia (16,5%), Índia (14%) e China (11,5%).

No ano passado, o setor de publicidade brasileiro ocupou a mesma posição, com avanço de 7,1%, em um período marcado por decréscimos em algumas das principais economias.

De acordo com o estudo, a internet puxa o crescimento dos anúncios globalmente, com variação positiva nos países pesquisados de 12,6%, seguida por TV (5,3%), Outdoors (5,1%), Cinema (3,8%) e Rádio (2,9%).

Já revistas e jornais deverão apresentar queda em 2012, de 1,2% e 2%, respectivamente, prevê a Wark. No caso do Brasil, o aumento da publicidade online deverá ser de 23,8%, informa a pesquisa. Já jornais e revistas devem avançar 3,6% e 6%, respectivamente.

"E importante lembrar que, embora tenha apenas 6% dos gastos em publicidade no Brasil, a internet cresce muito rápido, de 20% a 50% todo ano desde que iniciamos a pesquisa. Todas as outras mídias estão perdendo participação para o online, principalmente impressos e rádio, embora a TV ainda seja dominante. Imagino que a internet passará os jornais e será a segunda maior mídia em publicidade até 2015", avalia Suzy Young, editora de Informação da Wark.

Sem surpresa 

Embora os gastos com publicidade online nos países pesquisados devam crescer menos em 2012 do que em 2011, quando o aumento foi de 16,6%, o segmento deverá responder por 20% do total investido em anúncios até o fim do ano, informa a Wark.

Entre as chamadas economias desenvolvidas, Alemanha (-0,8%), França (-0,9%) e Itália (-2,3%) apresentarão em 2012 o pior desempenho de sua história na comparação com o ano anterior.

"Com os receios sobre dívida afetando mercados mais maduros e o otimismo de investidores e consumidores, não é surpresa que o crescimento do setor em 2012 venha dos países emergentes", avalia Young. Ela lembra que as eleições nos Estados Unidos e eventos esportivos como os Jogos Olímpicos evitaram cenário ainda pior.

Young observa ainda que, embora afetado pela recessão na Europa, o Brasil manteve o crescimento da publicidade, o que ocorre há dez anos.

Os gastos no setor no país terão passado de R$ 11 bilhões, em 2003, para R$ 30,1 bi, em 2012, já descontado o impacto da inflação nestes números.

"O investimento estrangeiro na indústria brasileira de comunicação tem impulsionado o crescimento de gastos em publicidade. E vai continuar", prevê.

A participação do Brasil no total aplicado nos 13 países examinados também vem aumentando: de 3,1%, em 2003, para estimados 4,5%, em 2012.

Os Estados Unidos, cuja fatia passou de 50,4% para 41,6% nos últimos dez anos, vem perdendo espaço para emergentes.

Já a participação da China terá passado de 6,5%, em 2003, para 12,2% em 2012, segundo as séries históricas da Wark.

Fonte: BBC Brasil (07/02/2012).

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

MISTURA DE TWITTER E BLOG, TUMBLR COMEÇA A SE APROXIMAR DO BRASIL


Diretores da rede vêm ao país e planejam abrir escritório aqui ainda neste primeiro semestre

Usuários brasileiros são 12% dos blogs criados no Tumblr; apenas americanos são mais numerosos no serviço

ALEXANDRE ORRICO
DE SÃO PAULO

Descontraídos e diretos como a rede social em que trabalham, Josh Nguyen e Mark Coatney, duas das cabeças principais do Tumblr, visitaram o Brasil na semana passada com a intenção de dar mais atenção ao país.

De todas as visitas a páginas no Tumblr, 2 bilhões têm origem no país. Os brasileiros representam ainda 12% do total de usuários do serviço -número somente menor do que o dos EUA, que têm 40%.

Os internautas nacionais começaram a entrar no radar da empresa no fim de 2010, quando um grande número de acessos do Brasil travou os servidores do Tumblr, rede em que usuários postam textos, vídeos e fotos, de forma simples, com recursos similares aos de blogs e do Twitter.

"Estamos aqui para entender como o Tumblr funciona no Brasil. Nos EUA o uso profissional em geral é muito grande. Marcas também usam muito a plataforma. Já aqui, parece que o foco é o humor", comenta Coatney, que saiu da revista "Newsweek" para trabalhar no Tumblr. "Pretendemos voltar mais vezes nos próximos meses, com mais pessoas."

Os executivos passaram por São Paulo para encontrar alguém que represente a marca -muitos dos candidatos foram garimpados na rede corporativa LinkedIn pelos próprios Coatney e Nguyen.

Os diretores querem abrir um escritório aqui ainda no primeiro semestre, o primeiro fora dos EUA, e planejam uma tradução integral da plataforma para o português.

"O Brasil é onde tudo está acontecendo, é o início de um grande protagonismo tecnológico", diz Nguyen.

Na conversa com a Folha, os diretores se mostraram curiosos e fizeram várias perguntas ao repórter: "Você tem Tumblr? Você gosta, que função você mais usa? O Instagram é popular por aqui? Você sabe se os brasileiros usam muito o Foursquare?".

Apesar de ser o segundo país em número de usuários, o Brasil ocupa a primeira posição quando o assunto é tempo gasto na rede social. O brasileiro gasta, em média, 30 minutos por visita ao Tumblr, segundo os executivos.

No mundo, o serviço atingiu no mês passado a marca de 15 bilhões de visitas a páginas por mês e cerca de 120 milhões de visitantes únicos.

No início do ano passado eram 2 bilhões de visitas, o que significa um aumento de 750% em um ano.

O crescimento acelerado resultou em algumas rodadas de investimento na empresa, que hoje está avaliada em US$ 800 milhões.

"Temos dinheiro suficiente por enquanto, não pretendemos abrir o capital como fez o Facebook. Além disso, ainda somos pequenos para pensar nisso", diz Coatney.

REMIX, PIPA E SOPA

Os diretores revelaram que ainda não têm grandes problemas com direitos autorais nos tumblelogs, mas Coatney crê que isso é só uma questão de tempo. A comunidade Tumblr, seja nos EUA ou no Brasil, tem como forte característica a cultura do remix.

No mês passado, cerca de 650 mil tumblelogs ficaram fora do ar em protesto contra o Sopa e o Pipa, projetos de lei norte-americanos que, se aprovados, poderiam resultar em bloqueio de grande parte dos tumblelogs.

Após os protestos dos tumblelogs e de outros sites, como Wikipédia e Reddit, as votações foram suspensas.

Mais de 140 mil ligações foram feitas ao Congresso do país por pessoas que mantêm tumblelogs. "Foi uma boa demonstração de nosso poder de mobilização", diz Coatney. "Eu acredito que, quando você remixa algo, cria algo totalmente novo!", completa.

Fonte: Folha de S. Paulo (06/01/2012).

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

VALOR DO FACEBOOK NA BOLSA PODE CHEGAR A US$ 100 BI


Em esperada entrada no mercado de ações, gigante das redes sociais ainda precisa demonstrar usuário 'rentável'

No registro oficial da oferta, empresa reconhece que ritmo de crescimento deve perder força no futuro

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK

O lançamento de ações do Facebook, o mais aguardado no setor de tecnologia desde a operação do Google, em 2004, pode elevar a US$ 100 bilhões (R$ 172 bilhões) o valor da empresa, segundo as altas expectativas que o mercado mantém em relação à oferta pública acionária.

"É inteiramente plausível que o Facebook alcance US$ 100 bilhões ou mais. O Facebook e outras mídias sociais são muito populares", analisa Laura DiDio, da consultoria Itic.

Caso a cifra seja alcançada, o Facebook seria maior que gigantes como a Ford.

Mesmo com tanto otimismo, a rede social parece consciente dos desafios pela frente. A empresa fala em levantar US$ 5 bilhões com o ingresso na Bolsa e é cautelosa em relação à possibilidade de repetir o resultado de 2011. A volatilidade atual do mercado acionário é desafio.

Os números, que se tornaram públicos com o registro da operação, confirmaram que a maioria das receitas vem dos anúncios, com 85% do faturamento. A participação nas vendas de bens virtuais para jogos é outra fonte importante.

Os resultados em 2011 animaram os analistas, embora haja pontos de controvérsia. As receitas atingiram US$ 3,7 bilhões, avanço de 88% em relação à 2010, mas abaixo dos US$ 4,5 bilhões que o mercado estimava. Com 845 milhões de usuários, a rede quer chegar a 1 bilhão até o meio do ano.

DiDio ressalva que agora a principal dúvida é se a empresa tem condições de se tornar rentável. Ela afirma que cada usuário gera US$ 4,39 de receita. Segundo o "Financial Times", no Google, o valor chega a US$ 27.

O Facebook reconhece no comunicado que os saltos na receita e no número de usuários devem se desacelerar.

Fonte: Folha de S. Paulo (03/02/2012).

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

MARKETING PODE GANHAR COM O FIM DAS SACOLINHAS PLÁSTICAS


Alternativa às sacolinhas é desafio para companhias.


CLÁUDIO MARTINS

Marcas devem aproveitar o momento para se aproximar dos consumidores e mudar a imagem de poluidoras do meio ambiente

A substituição das sacolas de petróleo nos supermercados de São Paulo por suas concorrentes biodegradáveis vendidas a preço de custo, no último dia 25, tem gerado expectativas não apenas entre os consumidores, mas também entre os varejistas, que podem estar se perguntando como podem obter vantagens nesse processo e evitar a insatisfação do cliente.

Um dos principais desafios para os as empresas será educar o consumidor e apresentar as vantagens em adotar este novo comportamento em prol do meio ambiente, da maneira mais clara possível.

A maior pergunta que se deve levantar neste momento é como as marcas podem tirar proveito das mudanças. Entre as oportunidades proporcionadas às companhias, principalmente aos supermercadistas, está a chance de deixarem de ser vistas como vilãs do meio ambiente com a distribuição desenfreada de sacolas plásticas e aprofundar o relacionamento com o consumidor.

“A partir de agora, ao adotar estas novas medidas, os varejistas vão poder livrar as suas empresas da imagem do ‘lixo assinado’, as próprias sacolas que estampavam as marcas de supermercados e entupiam bueiros, além de poluirem as cidades”, declara Antonio Gandra, vice-presidente da Associação de Supermercados Paulista (APAS).

Consumidores estão dispostos a mudar

A Apas é uma das organizações que, junto com a Prefeitura, a Secretaria do Meio Ambiente, o Governo do Estado de São Paulo e o Procon, firmou o acordo de substituição das sacolas nos supermercados, baseado no projeto de lei 496/2007. Para incentivar os consumidores a mudarem o hábito e levarem sacolas retornáveis ou adquirirem a versão biodegradável por R$ 0,19, a associação criou a plataforma “Vamos tirar o planeta do sufoco”. Entre as iniciativas da campanha estão mensagens de conscientização em outdoors, busdoor e até sacolas gigantescas em pontos de grande movimentação da capital paulista.

Nos supermercados estão sendo exibidos, em cada ponto de check-out, cartazes com os dizeres “Poupe Recursos Naturias! Use Sacolas Reutilizáveis”. A iniciativa conta ainda com um site e pretende tirar de circulação 6,6 bilhões de sacolas plásticas por ano. A empreitada tem o apoio de empresas como Walmart, Carrefour e Pão de Açúcar, que incorporaram em suas lojas as mudanças sugeridas pela Apas.

Mesmo antes de o projeto valer para todo o estado de São Paulo, cidades como Belo Horizonte, em Minas Gerais, e Jundiaí, no interior de São Paulo, já tinham colocado em prática a substituição, há um ano. “O que se podia notar é que os consumidores estavam cansados da poluição e dos estragos causados pelos sacos plásticos, descartados indiscriminadamente. Em Jundiaí, a população se mostrava disposta à mudança e, após um ano do projeto instalado, a aprovação chegou a 80% sendo relatada também a economia nos cofres públicos com a limpeza da cidade”, relata o vice-presidente da Apas.

Incentivo nos pontos de venda

O Pão de Açúcar é uma das empresas que apoia a iniciativa da Apas. Antes mesmo do projeto entrar em vigor, a rede varejista já mantinha ações sustentáveis em seus pontos de venda, incluindo o incentivo ao abandono das sacolinhas plásticas. As chamadas “lojas verdes” do grupo em São Paulo oferecem como alternativa 13 sacolas retornáveis com preços que vão de R$ 2,99 a modelos mais resistentes, custando R$ 13,90, além de caixas de papelão.

Os pontos de venda sustentáveis da rede contam ainda com estações de reciclagem em parceria com a PepsiCo e a Unilever. No local, os consumidores podem deixar embalagens que serão levadas pela empresa para serem reaproveitadas. De 2001, quando o projeto foi criado, até 2010, foram reaproveitadas cerca de 50 mil toneladas de material.

O Extra também conta com ações para educar os clientes a respeito do uso desenfreado das sacolas plásticas. Desde 2008, os supermercados da bandeira em São Paulo realizam a Quinta-Feira sem Sacola, eliminando no dia, o uso das sacolinhas.

O Walmart também incentiva a redução do uso das sacolas, dando desconto de R$ 0,03, a cada cinco produtos comprados, para os consumidores que trouxerem suas próprias sacolas. O projeto foi iniciado em 2008 e já gerou uma economia de R$ 2,2 milhões para os clientes da rede de varejo.

Outra empresa que passou a adotar medidas sustentáveis em suas promoções foi a Procter & Gamble. A companhia criou a ação “Volte Sempre”, em parceria com a rede Carrefour, e, na compra de produtos da marca, os clientes concorrem a nove prêmios de R$ 10 mil em barras de ouro. O diferencial da promoção é que os consumidores receberão gratuitamente sacolas de papel para levar os itens da P&G adquiridos.

Diálogo para convencer o consumidor

Os colaboradores são parte importante da estratégia para educar o público a respeito da substituição das sacolas. Apesar de 60% dos brasileiros serem favoráveis à medida, segundo um estudo do Ministério do Meio Ambiente, é preciso se preocupar com os outros 40%. “O trabalho com os profissionais na área de check-out deve ser intensificado para que eles tenham conhecimento suficiente para argumentar juntos aos consumidores que podem não gostar de ter de pagar por algo que antes era falsamente gratuito, pois o custo das sacolas estava incorporado aos preços dos supermercados”, explica Gandra.

Outro ponto que deve ser levado em conta é que, segundo o mesmo estudo do Ministério do Meio Ambiente, 21% dos brasileiros não saberiam como acondicionar o lixo em suas residências sem as sacolas plásticas.

“Antigamente havia um desperdício, pois muitos consumidores não exploravam a capacidade total dos sacos plásticos, gerando um grande volume de descarte indevido. Como o brasileiro vai passar a gastar dinheiro com esse material, esse uso será mais racionalizado e a expectativa é uma redução nos próximos anos”, afirma o vice-presidente da Apas, que reitera “Esse é o primeiro passo, pois a partir de 2014, quando entrará em vigor um projeto de lei sobre o descarte de resíduos sólidos, as empresas terão que se preparar para se responsabilizarem pelo devido fim de produtos como sofás, móveis e eletrodomésticos, quando os consumidores adquirirem novos itens para suas casas”.

Fonte: Revista Exame (02/02/2012). Foto: Cristiano Mariz/Exame.com .

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CRESCE NA INTERNET O BRANDING COMMERCE, NOVO CONCEITO DE MARKETING DIGITAL


Crescem assuntos sobre negócios virtuais na imprensa.

Por LINK Portal


Com o comércio eletrônico em crescimento no Brasil, é natural que assuntos relacionados ao setor estejam mais presentes na mídia. A LINK Portal da Comunicação acaba de conquistar a conta Labiz Group, por isso vai facilitar o acesso de especialistas em negócios virtuais como fonte de informações à mídia nacional.

De acordo com levantamento da Forrester Research, em 2011, o varejo eletrônico no Brasil apresentou um crescimento de 21% em relação a 2010, totalizando R$ 21,5 bilhões. Já a publicidade na Internet, segundo dados do Ibope, aumentou sua receita bruta em 71% no ano passado e gerou quase R$ 5,4 bilhões no mesmo período.

Por conta do aumento desse segmento, jornais, veículos on line, revistas setorizadas, rádio e TV, a todo momento, buscam profissionais capacitados em negócios virtuais para que se tornem fontes de informação para as publicações. Foi com este intuito que o Labiz Group – Laboratório de Negócios Digitais fechou parceria com a LINK Portal da Comunicação, empresa que atua há mais de 10 anos em assessoria de imprensa e comunicação integrada. "É pertinente que uma empresa, que já tenha estrutura e conhecimento para falar sobre mercado digital e marcas, busque um relacionamento mais profissional com a mídia", revela Clarice Pereira, coordenadora de Comunicação.

Segundo a jornalista, o objetivo da parceria com o Labiz Group, é proporcionar informações apuradas aos colegas das redações, de preferência em primeira-mão e com exclusividade, de forma a otimizar o trabalho da imprensa, além de facilitar o acesso aos especialistas do Labiz Group. "Procuraremos fortalecer o desempenho dos repórteres na apuração dos assuntos, transferindo 'as matérias a credibilidade do grupo e seu sucesso no mercado de negócios digitais", explica.

A empresa é responsável por criar e implantar vários produtos e serviços para que as marcas na Internet tenham mais visibilidade. Busca atuar diretamente no perfil do negócio do cliente e traz soluções diferenciadas para que a comercialização via web realmente traga bons resultados. "As operações começam com o estudo da marca e concepção do produto, gestão de produtos e conteúdos, formas de comercialização, meios de pagamento e controles até a logística de distribuição. Esse é o diferencial que trabalharemos no relacionamento com os jornalistas," comenta Clarice Pereira.

Martílio Bueno, diretor do Labiz Group, possui formação em Publicidade e Propaganda pela FAAP – Fundação Armando Alvares Penteado. Atuou em empresas como Perdigão, Unilever e Danone. Desenvolveu soluções de branding commerce (com personalização da marca e comercialização digital de produtos) para Meepix, Ediouro, 3M, Neymar Oficial Store.

Bueno informa que o apoio da mídia será fundamental para promover a discussão sobre a personalização do produto como instrumento para venda da marca. "O novo conceito de branding commerce está surgindo com força total. É um processo que começa com pesquisa de mercado via redes sociais, desenvolvimento de produto, gestão de negócio, comercialização digital até a distribuição e pós-venda. A mídia que cobre a área de marketing deve estar atenta a esse assunto", salienta o marqueteiro.


Foto: Divulgação.