quinta-feira, 29 de março de 2012

STJ reconhece direito de portal de cobrir Jogos Pan-Americanos

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu recentemente que um grande portal de notícias da internet teria o direito de realizar a cobertura jornalística, ao vivo, dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. O nome do site prejudicado não foi divulgado.
Em razão da decisão final após quase cinco anos dos jogos, foi definida indenização por perdas e danos em favor do portal, prejudicado na época. No entanto, segundo o site Consultor Jurídico, a lei será aplicada para eventos futuros, como a cobertura da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

“Embora os tribunais brasileiros já tenham pacificado o direito da imprensa à livre cobertura e acesso a eventos desportivos realizados no País, o Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos de 2007 havia imposto restrições ilegais à cobertura jornalística do evento pelos meios de comunicação pela internet, em afronta à liberdade de imprensa, às disposições de nossa Constituição Federal e ao garantido pela Lei Pelé”, destacou Eduardo Vital Chaves, advogado Eduardo Vital Chaves, especialista em Direito Civil do escritório Rayes & Fagundes Advogados.

Segundo Chaves, representante do portal na época, o Comitê Organizador dos Jogos PanAmericanos Rio 2007 (CO-RIO) havia restringido o material que a imprensa poderia veicular, impondo a exibição apenas seis horas após a transmissão da competição.

sexta-feira, 16 de março de 2012

CRISES QUE COMEÇAM EM BRINQUEDOS

Por Clarice Pereira

Uma crise, no âmbito da comunicação, refere-se a um acontecimento ou evento que atrai intensamente a cobertura jornalística e os veículos se tornam os responsáveis pela transmissão das informações ao público de interesse da empresa. Uma exposição negativa na mídia está longe de ser o desejo das empresas. Vale ressaltar o caso do Hopi Hari, que após anos para construir uma imagem de excelência para a diversão das pessoas, e, apesar das dificuldades financeiras, com certeza esse não era o sonho de verão: ver uma adolescente morta após a queda de um brinquedo.

E em um momento de crise, como o do Hopi Hari, cabe a companhia apenas dois caminhos: ir a luta para dialogar com a sociedade ou virar as costas para o que a opinião pública quer e tem o direito de acompanhar os fatos. A segunda opção, em qualquer situação de crise - seja grevista, acidentes, degradação ambiental e outros - até parece mais fácil, mas a credibilidade da empresa, negadora de esclarecimentos, pode ficar defasada diante da sociedade que consome seus produtos ou faz uso de seus serviços.

Se não bastasse, além da perda de consumidores, outros desastres podem vir no meio do caminho de uma empresa em crise, como o afastamento de patrocinadores, associados, parceiros etc. Em outras palavras, a postura das companhias diante de uma crise afeta sua imagem institucional que, por sua vez, afetará a lucratividade corporativa, que decrescerá drasticamente.

Apesar de certas empresas ainda não darem a devida importância para a comunicação, reduzindo os investimentos em razão de alguma crise ou queda nos rendimentos, ela ocupa uma parte do diálogo e também do lucro que entra para a empresa. Para uma empresa vender, ela precisa se comunicar com o seu público-alvo, mantendo sempre um relacionamento de fidelização com os clientes ou consumidores. Afinal, qual empresa consegue crescer sem consumidores? Qual parque que consegue se manter aberto sem os seus visitantes.

Só para entendermos: na área mercadológica, a comunicação é voltada para as vendas. Ela busca atuar no campo das estratégias que reforçam a imagem das marcas e produtos visando o desenvolvimento de ações criativas para gerar lucratividade à empresa, como promoções, campanhas, descontos, etc. Na área institucional, a comunicação, além de existir para a relação de diálogo entre os internos (colaboradores, fornecedores, associados e parceiros), procura criar uma atmosfera positiva frente à imprensa e à sociedade. Portanto, a comunicação não é um mero modismo nas folhas de investimento corporativo, ela ajuda a empresa a crescer, se desenvolver, ter contato com aqueles de quem ela precisa no mundo a fora e também no contato com o público interno.

Quando pensamos numa crise, a comunicação é a responsável pelo planejamento emergencial e pelas ações preventivas que serão tomadas diante dos fatos. Não adianta se esconder! A sociedade e a imprensa têm perguntas, querem saber como, o por quê do ocorrido e de que forma será solucionado. Se a empresa não prestar esclarecimentos e declarações coerentes, a avalanche gerada pelo acontecimento negativo será inevitável e a companhia correrá o risco de sucumbir pela opinião pública.

Recentemente a APRPP – Associação dos Proprietários do Residencial Parque dos Príncipes foi acusada de tentar estabelecer um condomínio fechado em um local destinado a ser residencial. Tanto é que a própria Prefeitura entrou na Justiça e, precipitadamente, demoliu duas guaritas que nada mais eram do que dois estabelecimentos de segurança privada, que não restringem o acesso de carros nem dos passantes. Com o apoio da assessoria de comunicação, a APRPP conseguiu esclarecer para o público e para a imprensa que não proibia a circulação de nenhum cidadão, mas sim garantia segurança dos passantes. No caso de uma falta de intervenção e esclarecimento da associação, utilizando as formas corretas, o efeito poderia ter sido mais negativo, acarretando até uma perda de credibilidade com os associados.

Preparar a equipe profissional ou os porta-vozes da organização para saber lidar com a mídia é primordial em situação de crise. Eles devem saber o que falar para o público com clareza, precisão e transparência. Assim, a empresa saberá se posicionar naquela situação caótica e manterá a fidelidade com seu público-alvo.

Outro problema no mundo dos negócios, e há de se tomar muito cuidado quanto a isso, está no fato de certos profissionais se considerarem aptos para falar diante do público e da imprensa e até em um momento de crise. A comunicação, apesar de não ser um material concreto e de não gerar lucro de maneira direta para as empresas, é um campo que exige a atuação de profissionais especializados para tanto. Saber comunicar e o que comunicar é uma tarefa que deve ser pensada estrategicamente para que uma empresa seja bem compreendida no momento da crise e, é claro, para que saia dela.

Enfim, num momento de crise a comunicação não pode ser deixada de lado. Ela será a frente de batalha para que a empresa não se torne impopular, afastando consumidores e perdendo o seu rendimento por conta da má imagem. Credibilidade é quase tudo dentro da sociedade da informação. Ela assume grande parte da lucratividade da empresa e, por conta disso, deve ser sempre trabalhada. A imagem corporativa envolve todo um esforço contínuo para ser mantida. As empresas mais fortes e modernas, aquelas que praticam estratégias corretas de comunicação e que não bloqueiam a informação conseguirão se manter de pé ou, quem sabe, até acabem alcançando uma visibilidade melhor no mercado. Tudo depende da postura e do planejamento correto, pois assim ela conseguirá manter o que todas querem: clientes fidelizados e que continuem a subir em elevadores de brinquedo para se divertirem.

* Clarice Pereira é jornalista, formada pela USP – Universidade de São Paulo e especialista em marketing, pela ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing. Há 30 anos desenvolve atividades de comunicação empresarial. Atualmente comanda a Link Portal da Comunicação (www.linkportal.com.br), assessoria de comunicação integrada, fundada há mais de 10 anos. E-mail: linkcomunicacao@linkportal.com.br

segunda-feira, 12 de março de 2012

APROVAÇÃO DO "TV FOLHA" SUPERA A MÉDIA DE SUA FAIXA DE HORÁRIO

Uma pesquisa realizada no sábado pelo Datafolha apontou uma aprovação ao "TV Folha" superior à média obtida pelo conjunto de outros programas exibidos na mesma faixa horária. 

Participaram da sondagem 60 pessoas, das classes A, B e C, de 18 a 60 anos, que assistiram a uma versão pré-gravada do "TV Folha". 

A programação da TV nas noites de domingo, em uma escala de um a dez, recebeu cinco como nota média. Já o "TV Folha" alcançou 7,5. Noventa e três por cento dos entrevistados disseram que voltariam a assistir à atração. 

O "TV Folha" estreou ontem, às 20h, na TV Cultura. Em São Paulo, na TV aberta, a Cultura é sintonizada no canal 2. Pela TVA, o número é o mesmo. Já a NET transmite a programação no canal 16, e a Sky, no 114. O "TV Folha" está "[disponível]": na Folha.com, no UOL e no site da Cultura. 

"O programa foi amplamente aprovado, tanto em termos de formato quanto no que se refere ao conteúdo", afirmou Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha. 

Além de responder às perguntas, os participantes foram convidados a assistir ao programa com um console em mãos. Usaram-no para avaliar a atração minuto a minuto, a partir de um parâmetro "não gostei/gostei".

Os momentos de pico foram registrados durante a exibição das reportagens sobre as consequências da ação da PM na Cracolândia, o excesso de caçambas nas vias de São Paulo (com entrevista do prefeito Gilberto Kassab) e a situação do norte do Japão um ano após o tsunami. 

A entrevista com Naji Nahas, proprietário do terreno do Pinheirinho, em São José dos Campos, também se destacou. 

"Ficou evidente a preferência pelas reportagens de fôlego. E quanto mais confrontados foram os entrevistados, maior foi a aceitação do público", disse Fernando Canzian, editor do programa. 

Assista na íntegra à estreia do programa "TV Folha": http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/1060280-assista-na-integra-a-estreia-do-programa-tv-folha.shtml

Fonte: Folha de S. Paulo (12/03/2012).

sexta-feira, 9 de março de 2012

MULHERES NO MARKETING. COMO ELAS LIDAM COM A CARREIRA E A VIDA PESSOAL

Por Fernanda Salem

No Dia Internacional da Mulher, ouvimos o que elas contribuem de melhor para o Marketing. Amalia, Ana, Andrea, Cristiana, Daniela, Karina e Sissi respondem

No Dia das Mulheres, resolvemos ouvir algumas executivas brasileiras para entender como seu lado feminino influencia em suas carreiras e como elas conciliam o trabalho com o lado pessoal. Para a maioria delas, a principal característica profissional feminina é ser multitarefa, conseguindo fazer diversas ações ao mesmo tempo. Elas também precisam ter tempo para o trabalho e para os filhos, mas hoje em dia contam com a ajuda dos parceiros. Especificamente para o Marketing, a intuição ainda aparece como um trunfo feminino.

Apesar de 57% das mulheres estarem insatisfeitas com o trabalho, segundo pesquisa da Accenture, o número é menor do que entre os homens, de 59%. Além disso, 69% das mulheres disseram que não têm planos de deixar o emprego. Na realidade atual, as mulheres cada vez mais ocupam postos de destaque e as diferenças em termos profissionais regridem. Um projeto aprovado pelo Senado ontem, dia 6, propôs que as empresas que paguem às mulheres salários inferiores aos dos homens quando ambos ocuparem as mesmas funções sejam multadas. Falta a aprovação da Presidente Dilma Rousseff.

“Vivemos um novo momento da mulher. Depois da revolução e da evolução, agora estamos em mutação, virando um novo ser”, diz Amalia Sina, em entrevista ao Mundo do Markeitng. Amália tem uma história inspiradora, tendo sido presidente da Walita aos 36 anos, Vice-Presidente da Philips para a América Latina, escrito oito livros e hoje sendo empreendedora, dona da Sina Cosméticos. “Minha formação básica é o Marketing, que sempre permeou a minha história. Sempre fui intensa e incomodada com as coisas mornas, mas acredito que agora é hora de viver os problemas menos intensamente e degustar mais a viagem ao invés de pensar só no destino. No futuro, quero deixar de vender produtos para vender conhecimento”, complementa.

Multitarefa

A característica mais descrita pelas mulheres como um diferencial é a capacidade de fazer diferentes coisas simultaneamente. “Parece clichê, mas é verdade, a mulher realmente tem a capacidade de lidar com vários assuntos ao mesmo tempo. Os homens podem até ser mais rápidos, mas não pensam tanto nas implicações das decisões, o que não é melhor ou pior. A mulher tem uma visão mais ampla do que a decisão vai acarretar nas várias áreas da empresa e ainda pensando nos clientes. Ela pensa em mais coisas ao mesmo tempo”, diz Karina Milaré, mãe de três filhos e Diretora na TNS Research International, a maior empresa de pesquisa de mercado customizada do mundo, em entrevista ao portal.

A palavra multitarefa também foi abordada por Cristiana Amaral, Diretora de Marketing da Unilever. “A mulher tem a capacidade de coordenar vários projetos e atividades ao mesmo tempo. Ela é também mais ligada ao detalhe, que hoje é o maior diferencial na implementação de grandes projetos”, diz Cristiana, em entrevista ao Mundo do Marketing. “A mulher consegue falar no celular prestando atenção na conversa ao lado, pode estar dirigindo e se maquiando ao mesmo tempo. Temos essa habilidade”, diz Andrea Dietrich, Gerente de Marketing Digital do Grupo Pão de Açúcar, núcleo criado e desenvolvido por ela.

“A mulher é multimídia, tem a mente como se fosse um portal, consegue navegar trazendo informações de diversas formas, como se tivéssemos tentáculos mentais. Conseguimos captar muitas coisas ao mesmo tempo, sem uma ordem específica e cruzamos uma quantidade enorme de informação”, completa Amália Sina.

Intuição como trunfo de Marketing

Muita coisa mudou em relação às mulheres na vida profissional e social, mas algo que continua sendo mencionado é que a mulher tem uma intuição mais poderosa, arma que pode ser valiosa para o Marketing. “Com certeza a mulher tem sensibilidade, até pela natureza de ser mãe, ela tem um senso intuitivo, enquanto o homem é mais racional e objetivo. A intuição é uma arma extremamente valiosa para o Marketing, na questão de entender o perfil do consumidor e o que se está dizendo por trás”, diz Ana Couto, que tem 25 anos de carreira e há 19 lidera a Ana Couto Branding e Design, com o desafio de implementar a cultura do branding no Brasil e abrir espaço para o design como ferramenta estratégica das marcas.

“A intuição nada mais é do que o resultado de conhecimento e estudo. A mulher se destaca porque não tem medo de errar, a sociedade aceita mais do que o erro de homens. Elas não têm vergonha de falar que mudaram de ideia”, diz Amália Sina.

Mães e filhos

Um ponto essencial para se atingir o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional é conciliar uma agenda lotada com a parte de cuidar dos filhos e da casa. Algumas optam por focar na carreira e até adiar a maternidade. “Não tenho filhos. É uma decisão difícil para a mulher que quer se dedicar muito e focar na carreira”, diz Sissi Freeman, Diretora de Marketing da Granado, em entrevista ao portal. A dedicação plena à carreira tem motivos, já que Sissi é herdeira da empresa que abriga as marcas Granado e Phoebo.

Para quem não abre mão da maternidade, o desafio é ter tempo para os dois. “Sempre quis ser mãe, era algo natural para mim. Não faço papel de Superwoman, mas o que aprendi foi que é preciso conquistar uma divisão com o pai. Nem sempre é fácil, mas vamos ponderando. Tento levar a família para algumas viagens à trabalho que faço”, diz Ana Couto, que tem filhos de 12 e 16 anos.

Andrea Dietrich, do Pão de Açúcar, é mãe recente e está na fase de aprendizagem, com uma filha de sete meses. “Ainda estou aprendendo a conciliar a vida pessoal e a profissional. Nos últimos anos tive uma dedicação muito forte no trabalho, na construção do departamento. Agora tenho que conseguir ponderar isso com meu lado pessoal. É preciso se desdobrar em várias e ainda saber fazer bem feito todas as etapas. O mais difícil é equilibrar e às vezes algum pratinho cai”, diz Andrea.

Desafio é equilibrar família e trabalho

Para Daniela Cianciaruso, Gerente Geral de Marketing da Whirlpool Latin America, que atende as marcas Brastemp e Cônsul, o maior desafio para a mulher é justamente conciliar a carreira com a atenção à família. A ajuda do marido é essencial, cada vez mais presente e necessária, além de uma maior flexibilidade nos horários de trabalho.

“Tenho uma filha de cinco anos e um filho de três. A maternidade demanda muita atenção e dedicação de tempo. É um desafio para qualquer executiva que tem horário fixo de trabalho. A ajuda do marido é essencial, cada vez mais presente e necessária, além de uma maior flexibilidade nos horários de trabalho. Busco trabalhar com flexibilidade de horário na empresa e saio às 17h duas vezes por semana. É difícil ter a gestão de tempo e equilíbrio. Já pensei em cuidar só da casa, mas não seria feliz, meu lado profissional também é importante”, diz Daniela.

A questão de um horário de trabalho mais flexível também foi abordado por Cristiana, da Unilever, que tem duas filhas, de dois e seis anos. “Faço questão de participar do dia a dia da família e da casa. Consigo isso com um horário flexível na Unilever e também posso trabalhar de casa algumas vezes, além de contar com uma grande parceria do meu marido. Acabo também resolvendo muita coisa da casa pelo telefone”, diz.

Diferenças e igualdades

Com o avanço das mulheres na vida profissional, ainda são reconhecidas algumas diferenças, mas também há um outro lado, que já não consegue mais fazer esta distinção entre gêneros. É o caso da Sissi, da Granado. “Apesar de acreditar que as mulheres têm mais facilidade em realizar diversas tarefas, acho que não dá mais para fazer esta diferenciação por gênero. Hoje vai muito mais do perfil de cada um”, diz.

Daniela, da Whirpool também compartilha desta opinião. “Não existe uma coisa que mulher tem que homem não tem. Mulher não é melhor ou pior em uma área ou outra. Aqui na empresa trabalhamos muito com diversidade e inclusão e temos mulheres em cadeiras que não imaginávamos que seria o melhor perfil. Toda a parte de entendimento do consumidor, uma área que puxa da sensibilidade inerente a mulher, é liderada por um homem. Em um momento isso foi verdade, mas hoje independe”, diz.

Há controvérsias. “É bom que a natureza feminina seja diferente, se fossemos todos iguais ficaria sem graça”, completa Ana Couto.

Fonte: Mundo do Marketing (08/03/2012).

quarta-feira, 7 de março de 2012

COMUNICAÇÃO MERCADOLÓGICA VERSUS INSTITUCIONAL

Por Clarice Pereira

Hoje num mundo cada vez mais globalizado e competitivo, as empresas querem conquistar o seu público-alvo e precisam elaborar estratégias para atingir seus objetivos. Na atualidade, existe um número incalculável de organizações que fornecem produtos ou prestam serviços das mais variadas formas, sempre com o desafio de crescer no mercado competitivo. Assim, nesse caldeirão de tantos negócios, para alcançar o sucesso em seu nicho atuação, as empresas precisam “dar as caras”, fazer seus potenciais consumidores perceberem sua existência, além disso, mostrar um comprometimento sério com a qualidade dos bens que oferecem e com o meio em que estão inseridas.

Vivemos na Era da Informação! Hoje, conhecimento significa poder e quem foge das ferramentas de comunicação, perde oportunidade de alavancar suas vendas. Mas se, ao contrário, utiliza bem os meios de divulgação, agrega valor à sua credibilidade institucional e mercadológica. Por outro lado, uma notícia mal interpretada pode até comprometer a reputação de organizações e pessoas. Portanto, quem usa incorretamente os instrumentos de marketing, também corre o grave risco de ter a sua imagem arruinada.

Na chamada sociedade da informação é imprescindível que as empresas se preocupem com a sua visibilidade junto aos mais variados meios de comunicação e também com o seu público-alvo. Para isso, precisam saber utilizar bem os canais disponíveis. É nesse âmbito, em que falamos do poder da informação e da concorrência acirrada, que destacamos dois tipos de comunicação a serem desenvolvidas pelas empresas: a institucional e a mercadológica.

Antes de qualquer coisa, devemos distinguir bem esses dois formatos. Apesar de ambas fazerem parte da relação empresa-comunicação, as atuações dessas duas vertentes são bem diferenciadas. Precisamos entendê-las para que possamos utilizá-las da maneira adequada e em benefício da construção de uma boa imagem.

Na área institucional, a comunicação faz parte da gestão corporativa. Seus objetivos consistem em criar uma atmosfera positiva da organização frente à imprensa e à sociedade e, internamente, estabelecer uma relação favorável entre empresa, clientes, colaboradores e fornecedores. Ela deve gerenciar as diretrizes da comunicação empresarial. Essa atuação é responsável por gerar a identidade da empresa, além de trabalhar com as políticas da instituição, como a sua visão, missão, valores e seus conceitos éticos. Para isso, a elaboração de planos estratégicos, realizados por profissionais especializados, contribui para a exposição positiva e para a credibilidade do empreendimento e, com isso tornar seus porta-vozes como fonte de referência na mídia.

Internamente, o objetivo das ações de marketingé levar informações para promover a inclusão de todo corpo funcional da organização. Os meios utilizados são vários, entre eles: boletins internos, jornais, newsletters, intranet, murais, eventos, concursos, caixas de sugestões, dentre outros.

Já a comunicação mercadológica, como o nome anuncia, é voltada para as vendas. Ela atua no campo das estratégias que devem reforçar a imagem das marcas e produtos visando a sustentabilidade e a lucratividade da empresa.

Para escolher os planos de comunicação adequados e atingir esses objetivos, a organização precisa analisar alguns fatores, como: hábitos dos consumidores (para aceitação do produto); levantamento regional (o grau de necessidade, conhecimento e classes sociais do público consumidor local), tipo de serviço (gastronomia, escola, publicidade etc.) ou produtos (carros, roupas, comidas, bebidas, entre outros) e o mercado onde será bem consumido. 

Uma vez realizada toda análise, a comunicação mercadológica da empresa deve desenvolver ações criativas para fortalecer o relacionamento direto entre as marcas e seus consumidores. Essas ações podem incluir o uso de ferramentas de relacionamento com o público, tais como: o envio de mala direta, e-mails, take one, carta comercial, telemarketing etc.
 
Além do uso do marketing direto, a organização também pode trabalhar com canais de comunicação não pessoais que incluem a realização de eventos (feiras, exposições, encontros, lançamentos) e campanhas promocionais.

Vale ressaltar que aliar planos de promoção com as novas mídias podem gerar um resultado bastante satisfatório. A colocação de anúncios no ambiente virtual e o uso de redes sociais são exemplos de como o novo espaço, que está se disseminando cada vez mais no mundo moderno, pode ser utilizado para o processo de comercialização e divulgação das campanhas promocionais.

Com a intensa concorrência no mercado e a multiplicidade de empresas existentes numa sociedade, saturada de informações pelo ramo midiático e publicitário, torna-se ainda mais difícil chamar a atenção do público. Assim, os instrumentos de comunicação institucional e mercadológica são imprescindíveis para chamar atenção de seu público-alvo. Ambas devem trabalhar lado a lado: uma para que exponha o comprometimento institucional conquistando a confiabilidade; e a outra para que promova ações que reforcem a necessidade do produto ou serviço e, ao mesmo tempo, assegure a receita que toda empresa precisa ter para manter-se de pé, sustentável, geradora empregos e dividendos por um longo tempo. A Coca-cola que o diga!

terça-feira, 6 de março de 2012

HOPI HARI, UMA COMUNICAÇÃO QUE NÃO DEU CERTO


Cláudia Ribeiro 
Blog Executivo S.A.

A imagem de uma empresa é colocada à prova em momentos de crise. Uma tragédia como essa que matou a adolescente Gabriella Nichimura, de 14 anos, no Hopi Hari expõe o que pode haver de pior para quem lida com pessoas: descuido, descaso e precariedade. Como reverter uma imagem como essa? Indignação à parte, fica por conta de um executivo indicado pela companhia transmitir as informações necessárias à imprensa e tentar amenizar de alguma forma a grave situação. Às vezes é impossível.

No caso do Hopi Hari, as explicações foram transmitidas, em grande parte, por nota pela empresa. Mas quando a gravidade do erro que motivou o acidente ficou mais clara, só isso não bastou. Um advogado do parque, Alberto Zacharias Toron, teve que assumir a comunicação. Foi dele a qualificação para o que ocorreu: “erro crasso”.

Desse lado balcão – ou seja, aqui na redação – a explicação bateu torta. Culpar um funcionário pelo erro não é a melhor forma de contornar uma crise. Mesmo que isso tenha ocorrido, a cadeira onde a adolescente estava sentada estava desativada há 10 anos. Isso não é responsabilidade do parque? O Hopi Hari não é responsável pelo trabalho do seu empregado? Tentei contato com a empresa para solucionar essas dúvidas, mas não obtive retorno.

A estratégia de comunicação de uma empresa é a forma como ela conversa com a sociedade.  Algumas companhias chegam a oferecer a seus executivos um treinamento para isso. São os chamados media trainings, uma ferramenta de treinamento para que os porta-vozes se relacionem com a imprensa.

Uma iniciativa válida, mas o que move as empresas muitas vezes é apenas o interesse em direcionar a cobertura de um assunto, quando o correto seria pensar em informar a sociedade da forma mais clara e transparente possível. Um executivo responsável pela comunicação de uma empresa deveria ter isso como norte. Jornalistas cometem erros, mas na maioria das vezes sabem perceber quando são manipulados.

Rosi Mallet, ex-jornalista da Gazeta Mercantil e que já treinou executivos do BankBoston, Sara Lee Cafés e Ceval Alimentos (do Grupo Bunge), destaca que “responsabilidade social” deve ser a base de comunicação entre a empresa e a imprensa. “Toda empresa precisa disso desde o momento em que é criada. A sociedade deve ser o alvo final dessa comunicação”, afirma.

Ela destaca dez características que um executivo precisa ter para se relacionar bem com os jornalistas e, dessa forma, cumprir sua “responsabilidade social”:

1-      Interesse e entendimento dos processos de comunicação da empresa.

2-      Estar aberto às demandas da imprensa sempre, e não apenas quando há interesse por parte da companhia.

3-      Serenidade. Tratar os jornalistas com irritação por conta de uma informação errada não é a melhor saída. É preciso ter frieza para esclarecer dados, pois a imprensa é um dos meios mais importantes para falar com a sociedade.

4-      Saber lidar com a pressão externa (da imprensa) e com a pressão interna (da empresa).

5-      Apoiar-se em uma área eficiente de comunicação.

6-      Atuar com o apoio da área jurídica.

7-      Não trabalhar como marqueteiro da empresa. A sua função é comunicar.

8-      Adotar uma postura pró-ativa. No caso do Hopi Hari, a área de comunicação foi passiva e chegou a soltar uma nota informando que o parque não seria fechado nos dias seguintes ao acidente “em respeito aos demais frequentadores”.

9-      Ter sempre as informações organizadas e prontas para atender a demanda da sociedade e da imprensa.

10-   Atualizar-se sempre sobre assuntos relacionados à mídia.

Fonte: O Estado de S. Paulo (05/03/2012).

segunda-feira, 5 de março de 2012

REDES SOCIAIS: OPORTUNIDADE E DESAFIO PARA EMPRESAS

Nas mídias sociais também é possível realizar publicidade,
Por LINK Portal

Para as empresas, a adesão cada vez maior dos internautas às mídias sociais significa, ao mesmo tempo, uma oportunidade e um desafio. Rodrigo Campos, gestor de Trade Marketing da LINK Portal da Comunicação, dá algumas dicas para quem não quer ficar fora das redes.

Cada vez mais discutidas, as mídias sociais chamam a atenção dos internautas, atraindo-os para essas plataformas interativas. Com uma audiência de 36,1 milhões de visitantes no ano passado, o Facebook se destacou como a mídia social de predominância aqui no Brasil. Além disso, no mês passado, o serviço de Mark Zuckerberg deu início à abertura de seu capital, passando a valer uma estimativa entre US$ 85 bilhões e US$ 100 bilhões na Bolsa de Valores. Com a abertura do capital, a mídia social Facebook gerará boas oportunidades para algumas empresas investirem em ações na Bolsa.

Não somente pessoas, mas também empresas atuam em redes utilizando plataformas como o Facebook. “É uma tendência”, afirma Rodrigo Campos, gestor de Trade Marketing da LINK Portal da Comunicação. “As mídias sociais ajudam na aproximação com os públicos-alvos, no entanto, é preciso atuar nelas profissionalmente para formar redes de interesse do negócio”.

Hoje ter um serviço de atendimento ao consumidor, um site corporativo ou um e-mail já não suficiente para as empresas se relacionarem com seus consumidores. Estar presente nas mídias sociais também gera negócios, porém, cada rede deve ser alimentada com conteúdos de relevância, preferencialmente de forma profissional.

Atualmente, profissionais da área de comunicação estão se especializando em serviços de rede para saberem lidar corretamente com os consumidores. A preocupação em atuar profissionalmente junto às redes sociais criou uma demanda por esse tipo de especialista nas companhias.
 
Quando o assunto é demanda, as empresas devem se atentar para questões como a privacidade on-line. O monitoramento constante da rede é essencial, caso contrário os danos podem ser catastróficos para a imagem da companhia.

Outro fator relevante é: com mais pessoas e empresas em mídias como o Facebook, as chances de visibilidade são menores. “Com mais contas existentes na plataforma, mais informações fluem pelos murais dos usuários. É preciso destacar-se, mostrar diferencial”, justifica o profissional.

Rodrigo alerta para o cuidado que devem ter as organizações que querem ou já atuam com redes sociais. “Criada a rede social da empresa, a comunicação passa a ter vias múltiplas. Não é como num site corporativo que as informações vêm de um para muitos. É preciso fazer um planejamento prévio das ações para atrair e manter  usuários”, explica. O especialista ainda ressalta que o perfil desses usuários sempre deve ser considerado: “na rede, os internautas filtram e compartilham aquilo que é de seu interesse, portanto a empresa precisa conhecer os visitantes. Em outras palavras, a companhia que atua nas mídias sociais tem que ser estratégica, senão só vai ter um serviço a mais para fazer”.

Apesar de desafiador, atuar nas plataformas digitais traz uma série de oportunidades para aproximar a empresa de seus públicos-alvos. Campos também ressalta que agir utilizando mídias sociais, como Facebook, Twitter, Tumblr, Orkut e outras, requer uma boa estratégia de marketing para atrair prospects ou fidelizar os clientes. “É essencial que a empresa mantenha as suas contas atualizadas nas mídias sociais, senão não haverá resultados satisfatórios. Isso se dá por meio de uma série de ferramentas disponíveis, desde textos casados com imagens até hiperlinks que direcionam para algum assunto mais específico e detalhado”.

Rodrigo Campos explica que além da interatividade é possível acompanhar o que os usuários, clientes e visitantes pensam sobre as atividades da empresa. “Esse feedback ajuda a companhia a melhorar o produto e o serviço agregado. Nas mídias sociais também é possível realizar publicidade, divulgar promoções, descontos, lançamentos de novos produtos, informações institucionais, entre outros”.

Um caso exemplar é o da “Galinha Pintadinha”, personagem de uma campanha publicitária rejeitada pelo cliente. Os publicitários então colocaram o material no YouTube e o ícone virou febre entre a garotada. Hoje a mascote ilustra desde cadernos personalizados até outros produtos de consumo infantil.

Foto: Divulgação.